Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Vera, Thaís Isis da Cruz
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Orientador(a): |
Sangalli, Andréia
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Banca de defesa: |
Nunes, Flaviana Gasparotti
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Carvalho, Raquel Alves de
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Moura, Jeanne Mariel Brito de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação e Territorialidade
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Departamento: |
Faculdade Intercultural Indígena
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4870
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Resumo: |
Essa dissertação é resultado da pesquisa realizada no município de Corumbá, estado de Mato Grosso do Sul na fronteira Brasil-Bolívia. Os dois países mantêm uma relação intercultural historicamente construída, vivenciadas pela troca de cultura, linguagem e comportamentos. O movimento transitório de pessoas entre esse espaço fronteiriço permite a partilha de relações e inserções dessas nacionalidades. Diante dessa situação, verifica-se um número expressivo de estudantes que moram na Bolívia, mas frequentam as escolas brasileiras, conhecidos como “alunos bolivianos”. A partir dessa percepção, o presente estudo teve como objetivo caracterizar a inserção de alunos bolivianos no contexto escolar da rede pública de ensino, e das relações interpessoais de acesso, permanência, saberes e cultura. Trata-se de uma escola do campo, próximo a linha de fronteira, que recebe anualmente um número significativo de estudantes vindos da Bolívia, surgerindo, assim, alguns questionamentos, dentre eles: como os conteúdos curriculares aplicados nas escolas de fronteira estariam garantindo diálogos e práticas interculturais e a ressignificação identitária, ao considerar o campo e a fronteira um território de disputas e construções? Buscando responder a essa questão, a pesquisa perpassa o campo das relações interpessoais de acesso, permanência, saberes e culturas estabelecidas nas instituições de educação básica (escolas camponesas) da fronteira. Dentre os procedimentos metodológicos, utilizou-se de pesquisa aplicada, exploratória e de campo, através de revisão bibliográfica, estudo bibliométrico, estudo documental e coleta de dados (entrevista, aplicada com os gestores escolar e professores, que estão em contato com os alunos bolivianos). Diante dos dados elencados, constatou-se dificuldades existentes no âmbito educacional em torno da fronteira linguística, pois a linguagem utilizada no processo de alfabetização não atende o contexto bilingue estabelecido no território escolar. Ao considerar a nova realidade educacional estabelecida a partir da pandemia por Covid-19, constatou-se a dimensão das dificuldades no aprendizado dos estudantes, pela necessidade de modificar e readequar as atividades pedagógicas comuns e diárias, a partir de novas estratégias de ensino e de vida. Apesar das perdas educacionais, econômicas, relacionais e, principalmente de vidas humanas ceifadas, houveram superações, mesmo que tímidas, na educação escolar do campo e das águas em território de fronteira. |