LA MAMITA DE COPACABANA: a celebração da Virgem boliviana na fronteira de Corumbá/BR e Puerto Quijarro/BO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Chaves, Gesliane Sara Vieira lattes
Orientador(a): Mondardo, Marcos Leandro lattes
Banca de defesa: Goettert, Jones Dari lattes, Banducci Junior, Alvaro lattes, Costa, Edgar Aparecido da lattes, Bomtempo, Denise Cristina lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5649
Resumo: A história da Virgem de Copacabana narra à devoção de um descendente inca, catequisado pela igreja católica espanhola, Francisco Tito Yupanqui. Os relatos narram que ele queria que a imagem de Nossa Senhora estivesse no altar da Capela de Copacabana. A primeira escultura teria ficado feia, mas Yupanqui estudou as técnicas de arte sacra e escultura e reproduziu uma imagem de Nossa Senhora da Candelária, que acabou sendo adotada pela sua cidade, com seu próprio nome: Copacabana. A Virgem de Copacabana é considerada a padroeira da Bolívia e faz parte de uma das manifestações culturais que os migrantes bolivianos realizam em Corumbá. Essa celebração faz parte de um extenso calendário religioso, representando importantes manifestações culturais dos dois lados da fronteira. Propôs-se para essa tese a análise e descrição da celebração à Virgem de Copacabana e a relevância da devoção nas relações de aproximações a afastamentos entre bolivianos e brasileiros na fronteira Corumbá e Puerto Quijarro. Essa festividade que acontece há vinte e três anos evidencia as estratégias de resistência dos migrantes bolivianos que vivem na fronteira. A pesquisa de abordagem etnográfica, buscou observar, sentir, descrever e analisar a celebração religiosa. Para isso utilizou de ferramentas diversas, como: trabalho de campo, diário de bordo, imagens, entrevistas presenciais/virtuais e diálogos informais. O estudo indicou que, as relações entre bolivianos e brasileiros são ambíguas e contraditórias. Através de diversos aspectos, sejam eles sociais, econômicos, culturais, religiosos e turísticos essas relações têm se mostrado amistosas e/ou preconceituosas. Embora o migrante boliviano seja importante para o comércio local ou na prestação de serviços, ainda persiste discursos pejorativos com relação a este grupo, demonstrando as particularidades do modo de como as sociedades fronteiriças desses dois países se relacionam.