Avaliação in vitro da quitosana como aditivo em dietas para ruminantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Jacaúna, Amanna Gonzaga lattes
Orientador(a): Seno, Leonardo de Oliveira lattes
Banca de defesa: Gandra, Jefferson Rodrigues lattes, Cabral, Luciano da Silva lattes, Ítavo, Luís Carlos Vinhas lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Zootecnia
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1419
Resumo: Existem mecanismos que permitem aprimorar o desempenho dos ruminantes através da manipulação dos padrões da fermentação ruminal, de modo que, alterações no ecossistema ruminal potencializem a síntese de produtos provenientes da digestão dos alimentos, tornando-a mais eficaz e menos dispendiosa em termos de energia. A quitosana é um polissacarídeo de ocorrência natural que tem revelado grande versatilidade e propriedades promissoras para sua utilização segura em ampla variedade de produtos e aplicações, sua flexibilidade química é uma das vantagens que permite a otimização de seu perfil biológico. Como alternativa a substituição de aditivos antibióticos, este estudo objetivou avaliar o efeito da inclusão de níveis de quitosana sobre dietas com diferentes relações volumoso:concentrado. Foram realizados três experimentos em que: o Experimento 1 avaliou o efeito de níveis de quitosana na digestibilidade in vitro da matéria orgânica (DIVMO), matéria seca (DIVMS), fibra em detergente neutro (DIVFDN) e proteína (DIVPB) em diferentes relações volumoso:concentrado na digestibilidade in vitro da MS e nutrientes; o Experimento 2 avaliou os parâmetros ruminais no liquido ruminal in vitro com diferentes relações volumoso:concentrado combinado com níveis de quitosana; e o Experimento 3 avaliou o efeito de níveis de quitosana nos parâmetros de cinética da degradação feita in vitro no sistema de produção de gases com diferentes relações volumoso:concentrado. Como doadores de inóculo ruminal foram utilizados dois bovinos da raça Jersey providos de canula ruminal, com peso médio aproximado de 360 kg, mantidos em piquetes formados por capim Marandu, recebendo somente suplementação mineral. Para a determinação da digestibilidade in vitro de nutrientes e dos parâmetros de fermentação in vitro, foram utilizados: quatro níveis de quitosana (0, 1625, 3500 e 7500 mg/kg de MS) e cinco relações de volumoso:concentrado (100:0, 65:35, 50:50, 35:65, 20:80); e para o ensaio sobre cinética de fermentação pela técnica de produção de gases foram avaliados cinco niveis de quitosana (0, 400, 800, 1200 e 1600 mg/kg MS) e seis relações volumoso concentrado (100:0; 80:20; 65:35; 50:50; 35:65; 20:80). No Experimento 1 foi verificado efeito dos fatores principais e da interação entre os níveis de quitosana e as relações V:C na DIVMS e DIVPB. Foi observado efeito apenas dos fatores principais na DIVMO e DIVFDN. Os resultados demonstraram que a quitosana afeta negativamente a digestibilidade da matéria seca com o aumento das doses independente das dietas. No Experimento 2 foi verificado efeito significativo apenas da relação V:C e do tempo para os valores de pH, que mantiveram seus valores médios no limite mínimo para de 6,2, para que ocorra a máxima atividade dos microrganismos, bem como crescimento microbiano, fermentação ruminal e degradação da FDN; efeito da interação do tempo com as relações V:C para as concentrações de amônia ruminal. Corroborando com os dados de digestibilidade, que apresentaram diminuição da DIVPB indicando uma redução na deaminação das dietas, com efeito quadrático decrescente. No Experimento 3 foi observado efeito significativo da quitosana nos parâmetros A (fração rápida), C (tempo – lag time), D (fração lenta), e A+D (produção cumulativa de gás das frações rápida e lenta); efeito significativo das relações V:C para os parâmetros A, C, D, E (taxa de produção da fração lenta por hora) e A+D; efeito significativo da interação dos fatores principais para os parâmetros A, C, D, E e A+D. Com a adição crescente de quitosana, aumenta a produção de gás e diminui o tempo de fermentação de dietas com alto concentrado, caracterizando maior eficiência na degradabilidade da dieta confirmando seu potencial uso em dietas mais energéticas para ruminantes. A quitosana altera os parâmetros avaliados mais eficientemente na dose mínima de 1722 mg/kg de MS para todas as dietas.