Germinação, organogênese e multiplicação in vitro de Campomanesia adamantium (Myrtaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Leandro Darc da lattes
Orientador(a): Damiani, Claudia Roberta lattes
Banca de defesa: Santiago, Etenaldo Felipe lattes, Candido, Liliam Silvia lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Biologia Geral/Bioprospecção
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/705
Resumo: O desenvolvimento de técnicas eficientes de propagação assexuada da guavira (Campomanesia adamantium) é de fundamental importância para a conservação da espécie, considerando as limitações encontradas na propagação seminífera, impostas pela recalcitrância e perda de poder germinativo das sementes. Neste sentido, técnicas de cultivo in vitro, poderão contribuir para a produção de mudas. Com o intuito de desenvolver protocolos para o cultivo in vitro da espécie, este trabalho foi realizado em três etapas. Inicialmente avaliou-se a germinação in vitro, de sementes provenientes de diferentes locais de coleta dos frutos, condições de armazenamento das sementes e temperatura, bem como, a inoculação em meio de cultivo MS, acrescido de diferentes concentrações de ácido giberélico (GA3). Na segunda etapa avaliou-se a capacidade organogênica in vitro, a partir de explantes foliares, radiculares e internodais e o efeito dos reguladores de crescimento, TDZ e ANA. Na terceira etapa avaliou-se a capacidade de multiplicação in vitro, utilizando como fonte de explantes plântulas obtidas de sementes germinadas in vitro e submetida a diferentes tratamentos com TDZ, ANA, BAP e 2iP. De acordo com os dados obtidos nos diferentes experimentos, concluiu-se que em sementes de guavira inoculadas em meio de cultivo logo após a colheita dos frutos, o uso de GA3 promove um aumento de 10% do percentual de germinação, sendo o uso de 1,0 mg L-1 suficiente para promover 100% de germinação. O comprimento da parte aérea aumenta linearmente com o aumento da concentração de GA3, porém não exerce efeito sobre o desenvolvimento da raiz principal e folhas. Sementes adquiridas de frutos oriundos de feira livre apresentam um percentual de germinação inferior ao das sementes inoculadas logo após a colheita dos frutos e não diferem quanto ao percentual de germinação sob os diferentes tratamentos com GA3. A germinação é inviável em sementes de guavira armazenadas em diferentes temperaturas (4ºC e -20ºC) e em diferentes locais (refrigerador e freezer) por 60 dias, não sendo possível a conservação das sementes nestas condições. Por sua vez, o armazenamento em temperatura ambiente (±25ºC), causa a germinação precoce. Quanto à capacidade organogênica, concluiu-se que explantes internodais são mais responsivos para a formação de calos (84%), quando comparados aos explantes foliares (69%) e radiculares (42,7%). Explantes internodais não apresentam oxidação, sendo esta variável observada em maior intensidade em explantes foliares (41%), seguido de 14,7% em explantes radiculares. Para a multiplicação in vitro, os resultados obtidos demonstraram que o uso de 5,0 μM de TDZ aumenta o comprimento das brotações, o número de gemas e a taxa de multiplicação, enquanto a combinação de TDZ e ANA exerce um efeito negativo sobre o crescimento das brotações, o número de folhas e a taxa de multiplicação. O cultivo dos explantes em meio contendo BAP aumenta o número de brotações, proporcionalmente ao aumento da concentração do regulador de crescimento, porém, no sentido inverso reduz o comprimento das brotações. Explantes cultivados em meio contendo 2iP, para as variáveis analisadas, não apresentaram diferenças significativas entre as concentrações testadas.