Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Linné, Jéssica Aline
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Orientador(a): |
Vieira, Maria do Carmo
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Banca de defesa: |
Santiago, Etenaldo Felipe
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Santos, Cleberton Correia
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Agronomia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Agrárias
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4986
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Resumo: |
Dipteryx alata Vogel é uma arbórea amplamente disseminada no Cerrado brasileiro e que tem apresentado destaque por ser importante à agricultura familiar, no qual utilizam a comercialização da amêndoa e de seus subprodutos para complemento de renda, além de ser uma espécie promissora para a recuperação de áreas degradadas. As constantes mudanças climáticas e ambientais, também consideradas estresses abióticos, comprometem o desenvolvimento e crescimento vegetal, podendo alterar os biomas a longo prazo. Como exemplo desse tipo de estresse podemos destacar o alagamento, que é recorrente na região em que D. alata é fortemente encontrada. Entretanto, as respostas das plantas ao estresse hídrico por alagamento envolvem diversas alterações metabólicas, as quais podem garantir a sua adaptabilidade e sobrevivência. Além disso, o conhecimento da necessidade luminosa da espécie pode mitigar os efeitos estressantes. Portanto, objetivamos avaliar as modificações morfofisiológicas e bioquímicas ocorridas em mudas de Dipteryx alata Vogel cultivadas em níveis de sombreamento e épocas de alagamento, bem como o potencial de recuperação das mudas. No primeiro experimento, avaliamos o metabolismo fotossintético e qualidade das mudas cultivadas sob três níveis de sombreamento (0% – pleno sol, 30% e 70%) com dois regimes hídricos (alagamento e controle), sendo que o alagamento durou 60 dias e 100 dias após o término dessa condição determinamos o período de recuperação dessas plantas. Observamos que o alagamento prejudicou as trocas gasosas, fluorescência da clorofila a, altura de plantas e qualidade de mudas, entretanto a espécie recuperou ou apresentou tendência de recuperação para a maioria das características avaliadas 100 dias após o fim da condição estressante, com os melhores resultados ou a amenização do estresse sob 30% de sombreamento. A qualidade das mudas e altura de plantas não apresentaram recuperação ou tendência de recuperação ao alagamento, além disso a área foliar também foi comprometida pelo estresse. No segundo experimento, avaliamos os efeitos do alagamento no metabolismo fotossintético e antioxidante bem como a qualidade de mudas D. alata cultivadas durante quatro períodos de avaliação (0, 20, 40 e 60 dias), bem como os períodos de recuperação, determinadas por 100 dias após o término de cada período de avaliação (0+100, 20+100, 40+100, 60+100 dias), possibilitando verificar os efeitos do pós-alagamento. Verificamos que as plantas apresentaram sensibilidade ao alagamento por até 60 dias de avaliação e os danos foram mais evidentes no aparato fotossintético, entretanto a qualidade das mudas foi mantida até os 40 dias de avaliação, sendo que não houve a recuperação das plantas previamente submetidas aos 60 dias de inundação. Mudanças morfológicas, como o desenvolvimento de lenticelas hipertrofiadas, associadas à alterações fisiológicas e um eficiente sistema enzimático antioxidante devem ter contribuído para a recuperação dessas mudas que, portanto apresentaram tolerância ao estresse. Logo, os resultados obtidos podem sugerir o uso de mudas de D. alata em projetos de áreas degradadas onde ocorra alagamento temporário com o estabelecimento das plantas em condição de sombreamento, por meio de, por exemplo, espécies pioneiras já implantadas. |