Sombreamento e aplicação de silício em mudas de Hymenaea courbaril L. sob déficit hídrico e seu potencial de recuperação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Reis, Lucas Coutinho lattes
Orientador(a): Scalon, Silvana de Paula Quintão lattes
Banca de defesa: Santos, Cleberton Correia lattes, Alovisi, Alessandra Mayumi Tokura lattes, Jesus, Maílson Vieira lattes, Fernandes, Shaline Sefara Lopes lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Agronomia
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5020
Resumo: Dentre as espécies potenciais para o plantio e recuperação de áreas degradadas encontra-se o jatobá (Hymenaea courbaril L.) uma espécie amplamente distribuída na região Neotropical, tolerante a diferentes condições ambientais. No entanto, baixa disponibilidade hídrica no solo pode ser fator limitante para o seu metabolismo e crescimento. Assim, o uso de tecnologias que possam aliviar a condição de estresse torna-se cada vez mais estudadas, como a utilização de sombreamento e concentrações de Silicato de potássio (K2SiO3). Com isso, objetivou-se avaliar o efeito de níveis de sombreamento e da aplicação de K2SiO3 em mudas de H. coubaril submetidas a déficit hídrico e o potencial de recuperação do metabolismo fotossintético, enzimático e crescimento das mudas após a suspensão do estresse. Os tratamentos foram arranjados no delineamento inteiramente casualizado em esquema de parcela subdividida. As mudas para o experimento de sombreamento e déficit hídrico foram separadas em quatro grupos baseando-se nos seguintes regimes hídricos: Irrigação contínua – I: manteve-se 75% da capacidade de retenção de água e Déficit hídrico – E, caracterizado pela suspensão da irrigação. Os regimes hídricos foram associados aos seguintes tempos de avaliação: F0 – quando a taxa fotossintética das mudas submetidas à suspensão da irrigação alcançou valores próximos a zero e REC – quando a taxa fotossintética das mudas que tiveram a irrigação suspensa foram reirrigadas e alcançaram valores semelhantes ao das plantas controles (no mesmo nível de sombreamento). Assim, os tratamentos foram os seguintes: Irrigação na Fotossíntese zero (IF0), Déficit na Fotossíntese zero (EF0); Irrigação na Recuperação (IREC), Estresse na Recuperação (E REC). As mudas foram alocadas em 4 níveis de sombreamentos: 0%, 30%, 50% e 70%. As mudas para o experimento de K2SiO3 receberam cinco doses de silicato de potássio (K2SiO3) via foliar: 0,0; 3,0; 6,0; 9,0; e 12,0 mL L-1 e, posteriormente, foram submetidas a dois regimes hídricos: I: irrigação realizada diariamente e E: estresse, submetidas à suspensão da irrigação. As mudas foram avaliadas em dois períodos: F0= fotossíntese próximo a zero, realizada por meio de monitoramento diário; e REC= recuperação, realizou-se a retomada da irrigação até que as mudas de cada tratamento apresentaram valores de fotossíntese, próximo as mudas irrigadas. Em ambos os experimentos foram avaliadas características fisiológicas, de crescimento, da atividade de enzimas antioxidantes e prolina. As mudas de H. courbaril apresentam sensibilidade ao déficit hídrico, pois ocorreu redução das trocas gasosas, indicadores da fluorescência da clorofila a e o crescimento e qualidade das mudas. Quando sombreadas e reirrigadas as mudas previamente estressadas podem recuperar seu metabolismo fotossintético sem danos permanentes na eficiência do fotossistema II, e com retomada do crescimento e qualidade das mudas. A aplicação de K2SiO3 na dose de 6,00 mL L -1 mitigou o efeito estressante sobre o aparato fotossintético e auxiliou na recuperação morfofisiológica das mudas. Ocorreu aumento da atividade da superóxido dismutase e peroxidase e redução de proteínas nas folhas e raízes com a aplicação de K2SiO3. A H. courbaril apresenta alta resiliência por plasticidade fisiológica. Concluísse que os sombreamentos de 30 e 50% auxiliam na mitigação do déficit hídrico. O déficit de água associado ao cultivo sem sombreamento (0%) não deve ser adotado no cultivo ou transplante de mudas de H. coubaril, a aplicação de silicato de potássio na dose próxima de 6,00-7,00 mL L-1 contribui no aumento de enzimas antioxidantes, que auxiliam na mitigação do efeito estressante do déficit hídrico e auxilia na resiliência da espécie.