Nanotecnologia agregada ao piso plástico como material alternativo para a cama de frangos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Przybulinski, Bruna Barreto lattes
Orientador(a): Garcia, Rodrigo Garófallo lattes
Banca de defesa: Orrico, Ana Carolina Amorim, Grieser, Daiane de Oliveira, Nääs, Irenilza de Alencar, Oliveira, Kelly Mari Pires de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Zootecnia
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5904
Resumo: O objetivo geral foi avaliar o uso de nanotecnologia no piso plástico para frangos de corte até os 42 dias e as implicações sobre o desempenho, bem-estar e saúde das aves, analisando os impactos sobre o produto final, bem como caracterizando os resíduos gerados por esse material de cama, verificando seu potencial energético. O trabalho está dividido em 5 capítulos sendo o primeiro uma revisão bibliográfica sobre a temática e os demais são resultados da presente pesquisa. CAPÍTULO 1: Historicamente, a academia avícola busca materiais que favoreçam o desempenho e bem-estar das aves quando o assunto é cama, variando desde a criação em gaiolas, materiais vegetais alternativos e pisos plásticos, que apresentam potencial a ser explorado pelas pesquisas futuras. Em função da heterogeneidade de resultados, encontrar um material plástico com características que atenda às necessidades das aves, diminuindo riscos sanitários e favorecendo a parte econômica é o maior desafio da indústria. O desafio ainda se estende a questões de ambiência, obtendo qualidade de ar e condições para manter uma boa climatização, principalmente em temperaturas mais elevadas. CAPÍTULO 2: O objetivo com esse trabalho foi avaliar o comportamento e a incidência de problemas locomotores de frangos de corte até os 42 dias de idade criados sobre dois tipos de piso plástico (com e sem antimicrobiano nanotecnológico), em comparação ao sistema convencional de cama com maravalha. Mensurou-se temperatura corporal, temperatura superficial das patas e da cama na fase inicial. Como parâmetros de bem-estar foram avaliados, comportamento das aves, limpeza das penas, pododermatite, lesões de jarrete, gait score, latency to lie e desvios de angulação das pernas em relação ao eixo central. Após o abate, analisou-se a discondroplasia tibial e degeneração femoral, epondilolistese e radiográfica dos pés. Os pisos plásticos utilizados nesse estudo não interferiram na temperatura corporal das aves em um período crítico de aquecimento como o da fase inicial de criação. Podem ser indicados para frangos de corte sem afetar o bem-estar desde que seja utilizado em conjunto com a maravalha. Outra alternativa de uso seria até próximo aos 27 dias de vida, como frangos de tipo griller, que são mais leves e abatidos mais jovens, já para frangos aos 42 dias, há uma interferência negativamente do piso plástico na maioria dos parâmetros de problemas locomotores avaliados. CAPÍTULO 3: O objetivo com esse trabalho foi avaliar os efeitos da utilização de dois tipos de piso plástico (com e sem antimicrobiano nanotecnológico) em substituição parcial e total da maravalha sobre o desempenho, rendimento, qualidade de carne e microbiologia da cama de frangos de corte criados até os 42 dias de idade. Avaliou-se biometria dos órgãos, lesões macroscópicas de Eimeria, microbiologia da cama, desempenho, rendimento de carcaça e cortes, miopatias e qualidade de carne. O material plástico como cama de frango apresentou desafios relacionados a Eimeria. O aditivo antimicrobiano do piso plástico não apresentou o efeito esperado de minimizar a presença de microrganismos patógenos. O piso plástico mostrou limitação para uso com frangos de corte até os 42 dias, influenciando negativamente o desempenho, peso e rendimento de carcaça, mas não interferiu nos parâmetros de rendimento de cortes e lesões de carcaça. No que se refere a qualidade de carne, as aves criadas sobre o piso plástico obtiveram uma carne mais avermelhada, não apresentando grandes alterações nas demais variáveis. CAPÍTULO 4: Objetivou-se com esse trabalho caracterizar os dejetos de frango de corte (puro e com maravalha), quantificando seu potencial de produção de energia através da biodigestão anaeróbia. As coletas dos resíduos foram realizadas aos 14, 28 e 42 dias de produção dos frangos. Para caracterização dos resíduos analisou-se sólidos totais e voláteis, fibras em detergente neutro e ácido, nitrogênio (N) e pH, aos 14, 28 e 42 dias de idade, avaliando o coeficiente de resíduo (CR) aos 42 dias. Para biodigestão anaeróbia dos resíduos foram utilizados digestores batelada e analisadas as concentrações de oxigênio, dióxido de carbono e metano no biogás gerado. A presença da maravalha foi determinante para caracterização e produção dos resíduos. Como esperado, os tratamentos com piso plástico sem maravalha resultaram em resíduos com maiores teores de N e quando analisamos a produção por kg de peso vivo, o piso plástico gerou menos resíduo. As excretas advindas do tratamento com piso com antimicrobiano interferiram negativamente no potencial de produção de biogás e metano.