Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Monfort, Gislaine Carolina
 |
Orientador(a): |
Mota, Juliana Grasiéli Bueno
 |
Banca de defesa: |
Mondardo, Marcos Leandro
,
Arruzzo, Roberta Carvalho
,
Benites, Eliel
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Geografia
|
Departamento: |
Faculdade de Ciências Humanas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4813
|
Resumo: |
Os impactos da pandemia e da política genocida do Estado brasileiro para os povos indígenas, sobretudo para os povos kaiowá e guarani do sul de Mato Grosso do Sul, e, os modos de autodefesa e cuidado coletivo fortalecido nos territórios através de práticas autônomas foi o objetivo central desta dissertação de mestrado. Por um lado, demonstramos a necropolítica do agronegócio como modelo predatório que produz constantes crises e condições para o surgimento de novos patógenos, ao mesmo tempo em que foi o cerne da propagação da doença em diferentes regiões do país. Por outro lado, reunimos esforços para aprender (com) e analisar as ações autônomas dos coletivos kaiowá e guarani através da auto-organização, do manejo/cultivo da terra e dos conhecimentos tradicionais como base da dinâmica de autogestão e autodefesa. Ainda as cosmopercepções sobre o impacto epidemiológico e geoecológico da devastação causada pelo karaí mba’asy (doença do branco) compõem as reflexões desta dissertação. A pesquisa foi construída a partir da abordagem qualitativa por meio da participação observante associada a entrevistas semiestruturadas. Todo esse processo demonstrou a importância das ações e discursos políticos que ressaltaram as consequências da devastação produzida pelos não-indígenas e destacaram a auto-organização, os sistemas socioecológicos e os conhecimentos próprios como elementos imprescindíveis para o enfrentamento à pandemia. |