Germinação, emergência e crescimento de Ormosia arborea (Vell.) Harms (Fabaceae) sob alagamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Junglos, Fernanda Soares lattes
Orientador(a): Scalon, Silvana de Paula Quintão lattes
Banca de defesa: Santiago, Etenaldo Felipe lattes, Morais, Glaucia Almeida de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Biologia Geral/Bioprospecção
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1714
Resumo: O alagamento do solo restringe a disponibilidade de oxigênio necessário para a germinação de sementes e o crescimento de plantas, no entanto, ajustes fisiológicos, morfológicos, anatômicos e/ou metabólicos adaptativos envolvendo respostas plásticas fenotípicas de indivíduos são mecanismos que auxiliam a ocupar áreas inundáveis e a ampla gama de estratégias desenvolvidas pelas plantas para sobreviver nestas condições dependem não só da espécie, mas também da intensidade e duração do estresse. Assim, esta pesquisa objetivou avaliar o efeito de diferentes períodos de alagamento na germinação, emergência e crescimento de Ormosia arborea. Para tanto, sementes escarificadas por 15 minutos em ácido sulfúrico ou intactas (sem tratamento pré germinativo) foram submersas por 0, 15, 30 e 45 dias e, após cada tempo de submersão, as sementes intactas foram escarificadas por 0, 5, 10 e 15 minutos em ácido sulfúrico, para então serem semeadas em tubetes e em papel Germitest®, para caracterizar emergência e germinação, respectivamente. Mudas também foram alagadas por diferentes períodos (0, 15, 30, 45 e 60 dias) e ao final de cada período de alagamento, estas foram drenadas para a avaliação da recuperação 75 dias após a saída das mudas do alagamento (pós-alagamento). Verificou-se que, sementes intactas são tolerantes a submersão, mas perdem rapidamente a viabilidade quando a dormência tegumentar é superada. Esta resposta indica que o tegumento impermeável e rígido da semente é uma importante característica para tolerar condições adversas e impedir a inviabilidade. As mudas de O. arborea sobreviveram sob alagamento, inclusive ao pós-alagamento apresentando hipertrofia lenticelar e mudanças no ângulo da folha, mas durante os períodos mais longos de alagamento as mudas reduziram a eficiência quântica do PSII e trocas gasosas (exceção da concentração interna de CO 2 que aumentou neste período). Durante o restabelecimento pós-alagamento o metabolismo foi retomado, no entanto as taxas fotossintéticas e eficiência da carboxililação não foram recuperadas completamente quando submetidas ao alagamento mais prolongado (60 dias), também não foi observada recuperação da condutância estomática e eficiência do uso da água ao nível do controle independente do período de alagamento. O Potencial hídrico foliar e a anatomia da folha permaneceram semelhante as mudas controle, apresentando apenas diferenças na espessura da nervura central, feixe vascular, abertura e índice estomático. Estes ajustes fisiológicos e morfoanatômicos apresentados não prejudicaram o crescimento de O. arborea que não deixou de acumular massa seca durante todo o experimento e investiu em altura pós-alagamento, demostrando sua plasticidade fenotípica e indicando potencial de sobrevivência e tolerância em áreas temporariamente inundadas.