Estresse hídrico e ácido abscísico em mudas de Ormosia arborea (Vell.) Harms: ecofisiologia e anatomia foliar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bastos, Sara da Silva lattes
Orientador(a): Scalon, Silvana de Paula Quintão lattes
Banca de defesa: Carnevali, Thiago de Oliveira lattes, Holsback, Zildamara dos Reis lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Biologia Geral/Bioprospecção
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1304
Resumo: Muitos parâmetros fisiológicos, morfológicos e anatômicos podem indicar se determinada espécie é tolerante a uma condição de déficit hídrico. Além disso, durante o déficit hídrico ocorre o aumento da concentração de ácido abscísico (ABA), o qual desencadeia diversas respostas na planta em condição de seca. Assim, objeitvou-se avaliar o efeito do estresse hídrico e da aplicação de ABA nas trocas gasosas, enzimas antioxidantes, crescimento inicial e na anatomia foliar em mudas de Ormosia arborea. O experimento foi conduzido em delineamento interiamente casualizado e consistiu em seis tratamentos: 1) irrigação diária sem ABA; 2) irrigação diária + ABA 10 μM; 3) irrigação diária + ABA 100 μM; 4) suspensão da irrigação diária; 5) suspensão da irrigação diária + ABA 10 μM e 6) suspensão da irrigação diária + ABA 100 μM, com 24 mudas por tratamento. A primeira aplicação de ABA ocorreu no início do experimento, e a segunda aplicação ocorreu 25 dias após a segunda suspensão hídrica, tendo como base a taxa fotossintética próxima a um; as folhas foram pulverizadas com as soluções de ABA até o ponto de gotejamento. Foram avaliadas as trocas gasosas, potencial hídrico, fluorescência da clorofila a, enzimas antioxidantes, crescimento inicial e anatomia foliar das mudas. As mudas sob déficit hídrico apresentaram redução significativa nas trocas gasosas, no entanto, a suspensão da irrigação diária + ABA 10 μM proporcionou maior tolerância ao déficit hídrico, pois não atingiram valores nulos de taxa fotossintética. A fluorescência variável, máxima, eficiência efetiva do fotossistema na conversão de energia absorvida (Fv/F0), eficiência quântica do fotossistema II (Fv/Fm) apresentaram redução nas mudas do déficit hídrico, e aumento na produção quântica basal dos processos não fotoquímicos do fotossistema II (F0/Fm). As mudas sob déficit hídrico apresentaram aumento na atividade das enzimas catalase, peroxidase e superóxido dismutase nos períodos de fotossíntese nula. Em relação aos parâmetros de crescimento, as mudas do déficit hídrico apresentaram valores inferiores às mudas irrigadas para as características de crescimento nos períodos de fotossíntese nula (massa fresca e seca de raiz, massa seca e fresca da parte aérea, comprimento da parte aérea, número de folhas, índice de clorofila, diâmetro do caule e o IQD). Em mudas não irrigadas tratadas com ABA, esse hormônio pode ter estimulado o crescimento das raízes. Em relação à anatomia foliar, as principais alterações foram aumento da espessura da cutícula, epiderme e parênquima paliçádico das mudas sob déficit hídrico.