Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Alonso Junior, José Lazaro
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Orientador(a): |
Nunes, Flaviana Gasparotti
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Ferraz, Claudio Benito Oliveira
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/783
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Resumo: |
A presente dissertação, visando contribuir com o enriquecimento da linguagem geográfica, discorre sobre o sentido de identidade territorial a partir dos conflitos entre indígenas e proprietários de terra no Mato Grosso do Sul. O objetivo desse trabalho consiste em compreender as formas com que os grupos envolvidos na defesa dos interesses dos proprietários e dos que defendem a causa indígena delineiam e vivenciam os processos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização através de diferentes discursos que visam estabelecer as causas do conflito, assim como o entendimento das soluções para o mesmo. Para tal, analisaremos as reportagens da mídia impressa da região, no caso as do jornal O Progresso, e as entrevistas que realizamos com as lideranças políticas da cidade de Dourados, para averiguar em que esses discursos se aproximam e se chocam, revelam e escondem, simplificam e negam os aspectos complexos e dinâmicos que ajudam a melhor entender a questão. De forma geral, estabelecemos dois pólos discursivos, de um lado um grupo com forte apoio da mídia e vinculado aos interesses econômicos do mercado capitalista, querendo explorar economicamente as terras. De outro um grupo que defende a re/demarcação de terras para manter as condições de vida das sociedades indígenas. Estabeleceu-se, portanto, um conflito entre culturas que buscam formas antagônicas de identidade e de sobrevivência no mesmo lugar. Para não cairmos na reprodução de velhas posturas dicotomizadas, demonizando um grupo e infantilizando o outro, visamos ir além do entendimento da questão a partir da diferença e da identidade cultural, mas fazendo uso dos conceitos de “identidade territorial” e “outrem”, assim como da crítica a separação entre sujeito e objeto a partir dos estudos de Felix Guattari e Gilles Deleuze, buscamos apontar outra perspectiva da leitura geográfica sobre a questão. |