Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Karoline Batista
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Orientador(a): |
Goettert, Jones Dari
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Banca de defesa: |
Fabrini, João Edmilson
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Abreu, Silvana de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/187
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Resumo: |
As primeiras trajetórias migratórias de brasileiros para a Região Oriental do Paraguai, no Departamento de Concepción, iniciaram-se em meados de 1960, no qual com o intuito de adquirirem terras e ascensão financeira, muitos migrantes, inicialmente oriundos do nordeste e posteriormente do sul do Brasil, migraram para o país, atraídos por um forte esquema publicitário que divulgava as facilidades para se conseguir terras e maquinários no país vizinho. Nesse contexto, destaca-se a trajetória dos sulistas (gaúchos, catarinenses e paranaenses) que reconstruíram suas vidas no Paraguai com maior agilidade, pois ao migrarem eles levaram um pequeno pecúlio, possibilitando a compra de pequenas propriedades, “levando” também costumes e práticas culturais semelhantes ao do país de origem, contribuindo para o surgimento de comunidades ou colônias na qual destacamos a Nueva Esperanza (Yby Yaú – Concepción). Assim, o objetivo principal desse trabalho foi abordar através do diálogo com a migração, território e a territorialidade como os migrantes brasileiros construíram outra realidade e ao mesmo tempo uma nova identidade em território paraguaio como fruto da dinâmica migratória para o país. Partimos da premissa de analisar o território não apenas a partir das relações de poder, mas associa-lo as relações estabelecidas entre os sujeitos dentro do mesmo, e a territorialidade por meio dos laços que foram construídos com o território a partir das ações em ocupar, delimitar e identificar o território. Dessa forma, por meio de entrevistas com migrantes brasileiros, homens e mulheres de distintas faixas etárias, indagando-os sobre como é viver em um país estrangeiro, observando suas trajetórias migratórias bem como as experiências vividas e as relações que porventura ainda estabelecem com o Brasil, foi possível evidenciar como ocorreu a formação da referida colônia, bem como entender por meio dos processos de sociabilidade (o modo de vida em sociedade) e socialização (processo de integração entre os indivíduos) como os brasileiros da colônia reconstruíram suas vidas em território paraguaio. No presente trabalho nossas preocupações e atenções se redobraram em relação à afirmação ou negação identitária haja vista que esses migrantes passaram a vivenciar um processo em que (re) produzem velhas/novas representações em relação ao Paraguai, enquanto (re) constroem velhas/novas representações em relação ao Brasil redefinindo uma condição identitária própria na qual o “ser brasileiro” e o “ser paraguaio” acabaram influenciando a formação de novas identidades das quais podemos destacar a figura do Brasiguaio e do Paraleño. Percebe-se enfim, que esses migrantes construíram uma identidade territorial no qual os referenciais foram pautados tanto na dinâmica do território quanto nas relações e diferenças existentes entre os sujeitos. |