Avaliação da atividade genotóxica, citotóxica e histopatológica de imunossupressores em diversos níveis celulares e organismos
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Instituto de Ciências Biológicas - ICB (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas (ICB) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/12316 |
Resumo: | Os medicamentos prednisona (PD) e azatioprina (AZA) são amplamente utilizados na terapia imunossupressora de pacientes transplantados ou com doenças autoimunes. O uso crônico de imunossupressores já tem sido correlacionado com a ocorrência de diversos efeitos adversos e também com o desenvolvimento de neoplasias nesses pacientes. Considerando que a atividade genotóxica está associada ao aumento do risco de ocorrência de câncer, este estudo avaliou as atividades mutagênica, genotóxica e citotóxica de PD e AZA utilizando testes in vitro e in vivo. A atividade mutagênica foi avaliada pelo teste de mutagenicidade de Ames, em cepa TA100 de Salmonella typhimurium. A avaliação da genotoxicidade e citotoxicidade foi realizada por meio do teste do micronúcleo e do ensaio cometa, utilizando células de medula óssea de camundongos. Além disso, foi avaliada a ação tóxica em órgãos (fígado e rins) de camundongos tratados com PD e AZA. Os resultados do teste de Ames demonstraram que a PD não apresentou diferença significativa quando comparada com o controle negativo em todas as doses testadas (p > 0,05). A AZA, por sua vez, apresentou aumento significativo em relação ao controle negativo (p < 0,05) nas duas maiores doses testadas (20 e 40 μg/placa). No teste do micronúcleo a PD demonstrou atividade genotóxica em todas as doses e tempos testados e foi citotóxica em dois tratamentos (1,0 mg/kg em 48 horas, e 0,5 mg/kg em 120 horas). No ensaio cometa a PD demonstrou elevada porcentagem de dano ao DNA em todas as doses e tempos testados, tendo o tratamento de 120 horas apresentado maior atividade genotóxica (p < 0,05). No mesmo ensaio a AZA apresentou um aumento significativo em todas as doses e tempos de tratamentos quando comparados ao controle negativo (p < 0,05). Na análise histopatológica foi observada de moderada a acentuada congestão em fígado de camundongos tratados com PD e discreta hiperemia em fígado de camundongos tratados com AZA. Deste modo, a PD não apresentou atividade mutagênica no teste de Ames, porém foi genotóxica e citotóxica nos ensaios in vivo, apresentando moderado efeito tóxico na análise histopatológica. A AZA apresentou atividade mutagênica e genotóxica nos diversos ensaios toxicogenéticos realizados, porém não provocou alterações tóxicas relevantes em tecidos. |