Investigação dos efeitos citotóxico e genotóxico do extrato de salix alba L.: análises in vitro, in vivo e histológicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Terrazas, Peterson Menezes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152402
Resumo: A Salix alba L. (SA), popularmente conhecida como Salgueiro Branco, é uma planta utilizada na medicina popular para o tratamento de inflamações crônicas e agudas, infecções, dores, febre, entre outros. A caracterização fitoquímica do extrato da casca desta planta revelou que seu principal componente é a salicina, com uma concentração de 4,94 mg/mL, um precursor do anti-inflamatório ácido acetilsalicílico. Considerando que existem poucos estudos que avaliam a ação tóxica e citotóxica do extrato da SA, o presente estudo foi elaborado visando investigar o potencial citotóxico, genotóxico e mutagênico da SA em células mononucleares do sangue periférico humano e de hepatocarcinoma humano HepG2 in vitro, e em diferentes células de camundongos in vivo, utilizando alguns dos testes tradicionais na área de mutagênese, como o teste do MTT, o Ensaio do Cometa e o Teste do Micronúcleo, bem como a verificação de potencial citotoxicidade por meio de análises histológicas e histoquímicas. Os testes de viabilidade celular e citotoxicidade (azul de tripan e MTT) permitiram a escolha de 3 concentrações do extrato da SA para serem analisadas nos ensaios de genotoxicidade in vitro: 5, 50 e 100 µg/mL. Pelo ensaio cometa com as células mononucleares de sangue periférico, pôde-se observar que as concentrações de 50 e 100 µg/mL acarretaram um aumento estatisticamente significativo de danos no DNA, em comparação ao controle negativo. Já no teste do micronúcleo, as 3 concentrações avaliadas (5, 50 e 100 µg/mL) não produziram aumentos significativos de células binucleadas micronucleadas, nem alterações no índice de divisão nuclear, em comparação ao controle negativo, indicando ausência de efeitos clastogênico/aneugênico e citoxicidade da SA. Já nas culturas de células HepG2, expostas as 3 diferentes concentrações do extrato, não foram encontrados efeitos citotóxico, genotóxico e clastogênico/aneugênico da SA. Nos experimentos in vivo, após tratamento dos camundongos durante 7 dias consecutivos (24 horas de intervalo) com as doses de 500, 1000 e 2000 mg/Kg de SA, o ensaio cometa evidenciou que não houve aumento significativo de danos ao DNA em nenhuma das diferentes células somáticas e germinativas analisadas, em comparação ao controle negativo. O mesmo resultado foi observado no teste do micronúcleo, onde não foi encontrado um aumento significativo no número de eritrócitos policromáticos micronucleados e nem alteração na razão entre eritrócitos policromáticos e normocromáticos, indicando ausência de efeitos clastogênico/aneugênico e citoxicidade da substância teste. Nas células hepáticas dos camundongos, também não foram encontradas alterações histológicas e histoquímicas. Frente as condições experimentais, os resultados obtidos permitem concluir que, o extrato de Salix alba, sem a metabolização por enzimas hepáticas, produziu efeitos genotóxicos em células mononucleares de sangue periférico humano em cultura. Por outro lado, o extrato, após metabolização por enzimas hepáticas das células HepG2 em cultura, e administrado via oral aos animais, não acarretou efeitos citotóxicos e/ou genotóxicos.