Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Quadros, Ana Paula Oliveira de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/143887
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Resumo: |
Cerca de 11% dos medicamentos considerados essenciais pela OMS são derivados de plantas medicinais, daí a importância do desenvolvimento de testes científicos sobre essas plantas, avaliando, além do seu real potencial farmacológico, a genotoxicidade, mutagenicidade, antigenotoxicidade, citotoxicidade, dentre outros, para esclarecer se o uso de tais plantas por seres humanos é seguro. Crataegus oxyacantha é uma planta originalmente encontrada na Europa e, devido à suas potencialidades medicinais, já há muito tempo foi introduzida no continente sulamericano. Pertencente à família Rosaceae, a árvore forma, na primavera, cachos grandes de flores brancas ou rosas de fragrância agradável, que no outono se transformam em pequenos frutos vermelhos. A importância da C. oxyacantha se dá pela presença comprovada de flavonóides, que são conhecidos por sua ação antioxidante. Devido a inexistência na literatura de estudos investigando a toxicidade genética de C. oxyacantha para os seres humanos, o presente estudo foi elaborado visando avaliar se o extrato de frutos desta planta apresenta efeitos citotóxico, genotóxico e clastogênico/aneugênico em leucócitos humanos e células HepG2 em cultura, e mutagênico em cepas de Salmonella typhimurium (teste de Ames). Os resultados da análise de genotoxicidade mostraram que o extrato não apresentou efeitos genotóxicos nas concentrações de 2,5 e 5,0 µg/ml em ambos os tipos celulares analisados, no entanto, em concentrações acima de 10 µg/ml verificou-se a ocorrência de danos significativos ao DNA. Os resultados do teste do micronúcleo também mostraram que nas concentrações de 10µg/ml e superiores foram observados efeitos mutagênicos nas células estudadas. No teste de Ames, somente na cepa TA98 de S. typhimurium, com ativação metabólica, o extrato se mostrou mutagênico. Os dados obtidos no presente estudo nos permitem concluir que, nas condições do experimento, o extrato de frutos de C. oxyacantha apresenta efeito genotóxico e clastogênico/aneugênico em concentrações acima de 10 µg/ml; e pelo teste de Ames, o extrato, após metabolização, apresenta efeitos mutagênicos. Devido ao potencial medicinal desta planta e ao fato de algumas formulações com extratos da mesma já estarem sendo comercializados, os resultados de genotoxicidade positiva obtidos neste trabalho indicam cautela no uso desse extrato, e apontam para a necessidade de mais estudos, tanto in vitro quanto in vivo, que avaliem a toxicidade genética do extrato de frutos e de outras partes desta planta. |