A revelação do “quem” e o tornar-se pessoa: a constituição da personalidade no pensamento de Hannah Arendt
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Filosofia - FAFIL (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Filosofia (FAFIL) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/10289 |
Resumo: | O Zeitgeist da contemporaneidade, mais acentuadamente que em outros tempos, afasta, nos indivíduos, o interesse pelas atividades mais elevadas. Diante disso, a reivindicação de Hannah Arendt tem relevante prestígio para pensarmos sobre as crises no contexto atual. Dentre as crises que nos acercam, a da personalidade – elemento idiossincrático no sujeito – talvez seja a mais significativa, embora talvez a menos notada. Assim, esta dissertação ocupa-se em explorar a noção de pessoa em Arendt, isto é, o elemento individual distintivo que cada um traz consigo. Na modernidade, é notória a perda desse elemento – principalmente nos campos de concentração. A consequência dessa perda para a contemporaneidade é um modo de vida destituído de liberdade política, com a reduzida manutenção das atividades vitais; enfim, um animal laborans ligado ao automatismo das ações. Para tanto, buscamos verificar a noção de tornar-se pessoa relacionada com as atividades do espírito e as atividades da vida ativa. Essa noção pode ser resumida mediante a escolha do modo como se pretende aparecer no mundo público– ideia raras vezes aludida por Arendt, mas que pode ser observada em seus discursos e conferências. Em um primeiro momento, abordamos a personalidade por meio dos tipos de pessoa e com base nas referências das atividades do pensamento e do juízo. Em um segundo momento, buscamos trazer a fenomenologia empreendida por Arendt com base na relação entre pensamento e aparência no mundo público da política. Para tanto, é necessário desnudar o desmantelamento da personalidade no interior dos campos de concentração com a vitória do animal laborans. Por fim, analisamos em que consiste a noção de pessoa e a relação dessa com a ética arendtiana, demonstrada, de maneira enfática, por meio das personalidades morais |