Epidemiologia da sífilis em indivíduos com 50 anos ou mais em município do interior goiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vitorette, Raphael Dionisio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Enfermagem - FEN (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Enfermagem (FEN)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/9466
Resumo: Adultos em processo de envelhecimento continuam a ser sexualmente ativos, estando suscetíveis as infecções sexualmente transmissíveis (IST) devido a alterações biológicas, aspectos comportamentais e estruturais da sociedade e dos serviços de saúde, sendo poucos os estudos que avaliam a prevalência dessas infecções nessa população. Este estudo teve como objetivo investigar o perfil soroepidemiológico da infecção pelo Treponema pallidum em indivíduos com idade maior ou igual a 50 anos residentes em uma cidade do interior do Brasil. Trata-se de estudo observacional, de corte transversal, analítico, realizado em agosto de 2017, no município de Goiandira, Goiás, Brasil. Participaram do estudo 339 indivíduos com idade maior ou igual a 50 anos, residentes há pelo menos seis meses na cidade do estudo. Todos os indivíduos foram entrevistados e testados para sífilis por meio de teste treponêmico (teste rápido -TR). As amostras reagentes TR foram submetidas ao VDRL. Do total de indivíduos recrutados, a maioria era do sexo feminino (60,2%), tinha entre 50 e 59 anos (42,2%), era casada (55,2%), praticava algum tipo de religião (94,1%), autodeclarou-se não branca (57,2%) e mais da metade (55,2%) tinha mais de 5 anos de estudo. Estimou-se uma prevalência de 7,4% (n=25; IC95%: 4,7-10,6) a partir do teste rápido e 1,5% (n=5; IC95%: 0,63-3,41) ao VDRL. Na análise de regressão logística múltipla, a história de prisão (OR ajustado: 4,23) e o relato de violência sexual e/ou física (OR ajustado: 3,29) foram independentemente associados a positividade para sífilis no teste rápido. Os resultados deste estudo reforçam a necessidade da inclusão de indivíduos com idade maior ou igual a 50 anos nas políticas públicas para detecção precoce, tratamento e prevenção das IST, principalmente, da sífilis. A melhoria nos indicadores socioeconômicos brasileiros e, conseguinte, nas condições de vida da população brasileira em geral, pode refletir na redução das taxas de incidência de sífilis.