Mu(seu) em linhas e entrelinhas: vozes disputando a nova definição de museu e a educação museal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Aline Tavares da
Orientador(a): Caracelli Scherma, Camila
Banca de defesa: Pajeú, Hélio, Petry, Oto João, Scheffer, Nilce Fatima
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Campus Chapecó
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/6567
Resumo: No ano de 2019, a definição de Museu começou a ser rediscutida no contexto mundial. Esse movimento nos permite compreender que a palavra Museu se constitui uma arena de disputas sígnicas e, portanto, ideológicas. Nesse contexto e a partir das disputas que nele se apresentam, esta pesquisa propõe, como objetivo geral, compreender as vozes que vêm constituindo o signo Museu e sua relação com as disputas discursivas e com o campo das políticas públicas, em especial, as educacionais. Para tanto, apresento como objetivos específicos: a) analisar e contextualizar as discussões sobre o signo museu; b) pesquisar a educação museal com ênfase no discurso oficial do caderno da Política Nacional de Educação Museal e c) investigar como o signo museu potencialmente ganha diferentes compreensões durante uma prática de educação museal. O conjunto de dados utilizados para alcançar os objetivos aqui apresentadas é constituído por documentos oficiais, que incluem tanto o texto do caderno da Política Nacional de Educação Museal, quanto os relatórios do ICOM Brasil nas etapas de escolha da nova definição de museu; além disso também fazem parte dos dados os relatórios de uma prática educativa realizada no Museu Antonio Selistre de campos e no Museu de História e Arte de Chapecó, que foi a ação “Construindo o Museu que eu quero”. Como embasamento teórico e metodológico, em discurso, palavra, signo, forças centrípetas e forças centrífugas, utilizo: Bakhtin, Volóchinov, Ponzio, Faraco e Caracelli Scherma, para políticas educacionais, educação e educação museal: Freire, Chagas, Marandino, Gohn e para Museu: Oliveira, Gabre, Chagas e Mairesse. Essa dissertação, “MU (SEU) EM LINHAS E ENTRE LINHAS: VOZES DISPUTANDO A NOVA DEFINIÇÃO DE MUSEU E A EDUCAÇÃO MUSEAL”, trouxe como resultados: as evidências da atuação das forças centrípetas e centrífugas, durante todas as etapas da disputa pela redefinição do signo museu, deixando claro a importância das palavras que se encontram na definição do signo museu, pois cada uma delas é resultado de uma escolha e toda escolha é permeada de intenção e esse ato é ideológico; jogar luz as relações de poder estabelecidas nos museus e como os educadores museais se encontram muitas vezes à margem, como se não fizessem parte dos profissionais de museus e sim de uma categoria à parte, assim como reafirmar a importância da Educação museal e como ela pode e deve salvar as pessoas da ignorância, trazendo à tona frases de um chefe de estado, sendo cruciais para que um momento marcante da história dos museus brasileiros jamais seja esquecido e a constatação de que o signo museu não está pronto nem acabado, mostrando o intrigante e interessante trajetória educativa em que o signo vai ganhando novas camadas simbólicas através da perspectiva de cada criança, perspectiva esta que é única, singular e irrepetível.