O lugar do conhecimento escolar nas novas políticas educacionais para o ensino médio no Brasil: um diagnóstico crítico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Sfredo, Marta Luiza
Orientador(a): Silva, Roberto Rafael Dias da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Campus Chapecó
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/720
Resumo: A dissertação de mestrado apresenta os deslocamentos provocados pelas reestruturações desencadeadas no Ensino Médio por meio das políticas educacionais, em relação ao conhecimento escolar, produzidas na última década, objetivando examinar as concepções de conhecimento que emergem de tais políticas. A metodologia utilizada para a coleta de dados foi a análise documental, que envolveu o tratamento analítico de um conjunto de documentos produzidos em nível nacional e internacional a respeito das proposições referentes à reestruturação desta etapa da Educação Básica. Para a análise dos dados, considerou-se a abordagem proposta por Laurence Bardin. A organização dos trabalhos investigativos foi delineada considerando a trajetória histórica do Ensino Médio, desde a República até a atualidade, destacando os principais fatos e momentos que contribuíram para que se traduzisse na última etapa da educação básica, com matrícula obrigatória. O referencial teórico adotado considerou autores que produziram críticas ao economicismo presente no direcionamento das políticas educacionais gestadas para o Ensino Médio, através da análise do papel da educação e de sua relação com o cenário da globalização econômica, que marca a contemporaneidade. A educação, nessas condições, assume um papel central para garantir o desempenho e a competitividade, ampliando os ganhos econômicos, ao possibilitar que, tanto os sujeitos quanto as instituições, adquiram habilidades que os tornem cada vez mais performativos. Os direcionamentos contemporâneos das políticas educacionais, contendo os preceitos que determinaram o princípio da relação entre a educação e o desenvolvimento econômico, fizeram emergir três categorias de análise: flexibilidade, competitividade e aprender a aprender, que nortearam as discussões que figuram nesta dissertação. O princípio da flexibilidade fez com que o conhecimento desse lugar a aprendizagens mínimas, caracterizadas por capacitações capazes de formar personalidades produtivas para fomentar a competitividade econômica, através do estabelecimento de percursos formativos individualizados, onde o papel do conhecimento está contido no ideário de produção de um perfil formativo fundamentado no princípio da aprendizagem permanente, objetivando a empregabilidade. Tal perspectiva, assumida pelo conhecimento, traduz a necessidade de romper com a lógica economicista presente na organização da escola e do currículo, revitalizando uma sólida formação fundamentada no conhecimento.