O rígido e o disperso liquefeitos: interações entre o industrial e o amador na música das redes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Souza, Rafael Dupim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14190
Resumo: Não é novidade que a relação da música com as redes digitais vem produzindo intensas reconfigurações em seus arranjos de produção, circulação e consumo. Se no século XX a música foi marcada principalmente por sua conformação à modernidade e sua formatação parao modelo industrial massivo, atravessamos o milênio vislumbrando a possibilidade de constituição de um ambiente pós-massivo, caro ao contexto do capitalismo na modernidade tardia. Reconfiguração que passa pela inclusão de novos produtores e mediadores nos processos e não se dá sem a necessidade de se repensar também a estética, a regulação e os contratos que regem a relação entre autores e públicos, produtores e consumidores, profissionais e amadores. Investindo em tal perspectiva, a pesquisa acompanhou duas plataformas de produção musical: o ccMixter, da fundação Creative Commons e o “Radiohead Remix”, da gravadora Warner Music. Sendo que ambas propõem modelos de criação e circulação a partir do incentivo à apropriação, ao remix e ao compartilhamento. O objetivo foi perceber como é possível pensar a eficiência econômica de novos modelos de produção que se pautam por propostas alternativas de regulação do direito autoral, pela participação colaborativa na criação e por novas concepções de gestão da produção musical a partir do contexto de abundância e livre acesso ao consumo e reapropriação. Com isso, foi possível trazer algumas das questões que surgem de arquiteturas em que as emissões não se dão a partir de centros e em direção às massas, mas por uma relação de interdependência entre os diversos pontos que formam a rede. A abordagem assumida procurou enfatizar as relações entre os objetos e o contexto em que estão inseridos, tomando como premissa o fato de a música não estar isolada do mundo mas exprimindo atravessamentos com a condição de suas redes sociotécnicas.