Concordância entre diferentes métodos de avaliação da composição corporal em indivíduos com o diagnóstico de doença inflamatória intestinal em tratamento ambulatorial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Romélia de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28411
http://dx.doi.org/10.22409/ppgcm.2020.m.57260460725
Resumo: Introdução: A Doença Inflamatória Intestinal (DII) é uma enfermidade crônica recidivante do trato gastrointestinal. A desnutrição quando presente dificulta o tratamento e a recuperação, por outro lado o sobrepeso e a obesidade estão se tornando mais prevalente em decorrência das terapias. Assim, a atenção dada aos aspectos nutricionais e a composição corporal nestes doentes, deve ser considerada de extrema importância tanto na prevenção como no tratamento. Objetivo: comparar métodos de avaliação da composição corporal mais simples com o padrão referência a Absorciometria Radiológica de Raios-X de Dupla Energia (DEXA).Métodos: foram avaliados 89 pacientes entre 18 e 65 anos, em tratamento no ambulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais do Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal Fluminense em Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, com o diagnóstico estabelecido de doença de Crohn ou colite ulcerativa, entre janeiro de 2016 a dezembro de 2018. Para avaliação antropométrica da composição corporal foram realizadas as medidas de peso, estatura e dobras cutâneas. A avaliação por impedância bioelétrica (BIA) foi feita pelos equipamentos de bioimpedância Tanita®(IB_BC418) e Xitron® (Hydra ECF/ICF, Model 4200). Os resultados foram comparados com os obtidos pelo DEXA (DXA-GE-modelo IDXA). Resultados: foi observado uma maior ocorrencia de indivíduos com DC (57%) do que com CU (43%) e um predomínio de participantes do sexo feminino (52%). O índice de massa corporal (IMC) médio foi de 25,22 kg/m2 sem diferenças significativas entre as duas formas da doença (p=0,681) e nem entre os sexos (p=0,489), sendo a maioria (56,2%) normal, 29,2% apresentavam sobrepeso, 13,5% obesidade e apenas 1,1% com baixo peso. As médias entre os métodos apresentaram diferenças significativas (p<0,05) para o percentual de gordura corporal (%GC) e de massa livre de gordura (%MLG) em comparação com o DEXA, (média do DEXA em relação ao %GC foi de 32,46%, da BIA Xitron 31,00 (p=0,043), antropometria 28,94% (p<0,001) e BIA Tanita 27,66% (p<0,001), portanto houve uma subestimação em relação ao %GC. Já a média do DEXA para o %MLG foi de 67,54%, da BIA Xitron 68,99% (p=0,043), antropometria 71,06% (p<0,001) e BIA Tanita foi de 72,34% (p<0,001) havendo uma superestimação do %MLG em relação ao método de referência. A avaliação pelo método de BIA Xitron obteve uma diferença de 1,45% entre as médias de %GC, seguido pela antropometria 3,5% e por último pelo método de BIA Tanitaque foi de 4,79% em relação ao DEXA. Conclusão: todos os métodos aqui analisados para obtenção da composição corporal subestimaram o %GC e, consequentemente, superestimaram o %MLG, quando comparados ao método padrão, não havendo, portanto, concordância entre eles. O método que obteve resultado mais próximo ao do DEXA foi a BIA Xitron, seguido pela antropometria, e por último a BIA Tanita. Já em relação ao custo-benefício, o melhor método foi a antropometria, portanto, de acordo com os critérios avaliados, nenhum dos métodos analisados pode ser considerado perfeito para avaliação da composição corporal de pacientes com DII, e a escolha do mais adequado deve levar em consideração os recursos disponíveis, assim como a aplicabilidade dos dados obtidos.