Avaliação da densidade mineral óssea e dos fatores associados à baixa massa óssea em pacientes com doença inflamatória intestinal em tratamento ambulatorial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Caldeira, Natascha da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/23583
Resumo: Individuos com doença inflamatória intestinal (DII) possuem a composição corporal diferenciada. Estudos recentes da composição corporal desses indivíduos vêm demonstrando uma tendência para o aumento da massa gorda, diminuição da massa magra e redução da densidade mineral óssea (DMO). Devido ao impacto que a baixa massa óssea tem na qualidade de vida e na mortalidade, torna-se importante o reconhecimento precoce dessa condição em pacientes com DII. Objetivo: Avaliar a densidade mineral óssea e identificar os principais fatores associados para baixa massa óssea em adultos com o diagnóstico de DII, atendidos em um ambulatório especializado. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos, laboratoriais, antropométricos e realizadas medidas de composição corporal por Absorciometria por raios X de dupla energia (DXA). A DMO foi avaliada no corpo inteiro e nos seguintes sítios ósseos: coluna lombar, fêmur total e colo do fêmur. A classificação da adequação óssea foi feita pelo “T-Score” para homens com 50 anos ou mais e mulheres após a menopausa, e pelo “Z-Score” para os homens com menos de 50 anos de idade e para as mulheres antes da menopausa. A partir das medidas aferidas foram obtidos o índice de massa corporal (IMC), o índice de massa magra apendicular (IMMA) e o percentual de massa gorda (%MG). Para as análises estatísticas, foi utilizado o teste t-student para amostras não pareadas e com distribuição normal e o teste Qui-quadrado para amostras categóricas. Para as análises da DMO em função das características da doença foi utilizado teste Anova one way. O coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para analisar as associações entre as variáveis e foram considerados significativos os valores p<0,05. Resultados: Foram avaliados 102 individuos com média de idade de 41,42 ± 13,00 anos, sendo a maioria do sexo feminino (57%) e com diagnóstico de doença de Crohn (59,8%). Ao analisar a DMO foi observado que 33,3% dos voluntários apresentavam inadequação da massa óssea. A DMO apresentou correlação negativa significativa com a idade dos pacientes, com a idade do diagnóstico da doença, com os valores de VHS e com o uso de corticoide; e correlação positiva significativa com a massa corporal total, estatura, massa magra total, IMMA e %MG. Conclusão: No presente estudo foi observada grande frenquência de baixa massa óssea com percentual importante nos adultos jovens. O uso de corticoide, marcadores inflamatórios e a composição corporal mostrou ter influência sobre a massa óssea dessa população.