Movimento funk carioca, cultura cultura popular e mercado: limites da consciência de gênero à emancipação da mulher trabalhadora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Benevento, Claudia Toffano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13389
Resumo: O funk é hoje considerado uma das maiores manifestações culturais de massa do Brasil e está diretamente relacionado aos estilos de vida e experiências da juventude oriunda de favelas, portanto ele reflete a vida cotidiana em morros e comunidades do Rio de Janeiro. O funk carioca revela a realidade dos pobres, sendo expressão das potencialidades criativas e ao mesmo tempo das contradições sociais presentes num contexto de extrema hegemonia dos valores conservadores dos quais se alimenta a indústria cultural, invertendo valores que expressam conteúdos em produtos da indústria cultural. Este trabalho consiste em uma análise crítica construída em torno das mulheres Mc’s (Mestre de cerimônias) do movimento funk carioca. A dissertação tem como objetivo analisar por meio do cotidiano da mulher trabalhadora as contradições da cultura popular expressas nas músicas que alimentam uma consciência da condição de dominação e suas limitadas possibilidades de superação. Como objetivos específicos procurou-se resgatar a história desse movimento e sua transformação em movimento cultural no Rio de Janeiro; analisar a realidade da mulher trabalhadora e sua inserção no referido movimento como expressão de resistência e dominação, entendendo o funk como indústria cultural e ao mesmo tempo cultura popular, como um paradoxo dado num momento histórico preciso. Baseando em algumas letras do funk de vertentes pornográfica e melody, discute-se como as mulheres Mc’s erotizam o “corpo”, para mostrar uma crítica à hipocrisia, ao preconceito de gênero e à falta de liberdade sexual que caracteriza a condição feminina na sociedade brasileira. Analisa-se ainda o documentário “Sou feia mas tô na moda” de Denise Garcia (2005). Fez-se refletir a respeito de temas que estão na base da sociedade brasileira, adotando a discriminação e o preconceito como forma de tornar invisíveis os problemas que a sociedade de nosso tempo não pode superar, sem colocar em questão a extrema desigualdade social.