A palavra tem força: uma psicologia do axé e dos encantamentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Silva, Viviane Pereira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37821
Resumo: Esta pesquisa se situa no âmbito da construção de uma psicologia aterrada, que busca superar a colonialidade e o epistemicídio que historicamente constituíram a psicologia brasileira, em função de sua adesão a uma perspectiva de mundo eurocentrada, consonante com a deslegitimação dos saberes afropindorâmicos. Tomamos tais saberes e, especial, o Candomblé nagô, como oralitura e literatura de referência para pensarmos os dilemas vivenciados no modo de vida contemporâneo e na psicologia, marcados por valores que fundamentam o colonial-capitalismo. No âmbito da psicologia praticada nos terreiros, da psicologia do axé, destacamos como aspectos centrais o valor da troca - tomado como contraponto para pensarmos o ideal de acúmulo capitalista - e o modo de viver ancestral - tomado como contraponto para pensarmos os efeitos do paradigma individualista. Por fim, delineamos um campo de forças que chamamos de subjetividade colonizada, em que mapeamos o individualismo, o racismo, o eurocentrismo e o patriarcalismo como traços característicos de um modo de vida imposto pela herança colonial.