Enterreiramento socioancestral: jeitos de cuidar de e no axé: uma dimensão da política do cuidado em terreiros de candomblé

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Guilhon, Flávio Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37626
Resumo: Os objetivos deste trabalho são identificar como se organizam as práticas de cuidado nos terreiros de candomblé e analisar como estas contribuem com a constituição das pessoas que neles se inscrevem. Para a realização deste trabalho recorremos a livros, artigos, políticas públicas, encontros acadêmicos e não acadêmicos, palestras e seminário presenciais e remotos cujas discussões se relacionassem com os saberes tradicionais, contracoloniais e fronteiriços, que centrados na ancestralidade, possibilitassem-nos encontrar os caminhos para afirmar uma psicologia enterreirada, ampliando o debate acerca do racismo e do epistemicídio, bem como das epistemologias presentes nos terreiros de candomblé. Tais caminhos evidenciaram tanto a necessidade de decolonizar e ampliar o diálogo com outros conhecimentos, processo chamado de sacudimento epistêmico; quanto a necessidade de compreender a produção de um conhecimento forjado na encruzilhada, a partir da luta entre as forças colonizadoras e os saberes contracolonizadores, num processo que nomeamos de encruzilhamento epistêmico. Dois processos que nos conduzem ao conceito de enterreiramento sócioancestral, no qual se sustentam jeitos de cuidar de e no axé, que se materializam através do acolhimento, da educação e da resistência, possibilitando-nos a construção de outras formas de habitar o mundo no qual estamos inseridos, de modo mais autônomo e consciente, a partir dos interesses, demandas e necessidades da ancestralidade. O que possibilitou a construção da tese, concomitante com a de um terreiro e de um fazer sacerdotal, ou seja, uma tese-terreiro-sacerdócio.