Estudo da fadiga ao esforço em pacientes com câncer gástrico submetidos à quimioterapia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Borges, Jacqueline Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8900
http://dx.doi.org/10.22409/PPGCCV.2018.m.55654088653
Resumo: INTRODUÇÃO: A prevalência da fadiga em pacientes com câncer gástrico (CG), varia de 80 a 96%, o que acarreta a piora da qualidade de vida e sobrevida. Os mecanismos de fadiga, neste grupo de pacientes podem estar associados aos diferentes componentes – centrais e periféricos. A associação entre fadiga, toxicidade induzida pela quimioterapia, sobre o miocárdio, musculatura periférica e respiratória é pouco estudada. OBJETIVO GERAL: Avaliar a prevalência da fadiga ao esforço e os seus componentes biológicos e funcionais em pacientes com CG submetidos a quimioterapia neoadjuvante. MÉTODOS: Coorte prospectivo, 38 pacientes com CG localmente avançado, estadiamento clínico(TNM) ±T2N0, tratados com Qt, durante dois anos, no hospital oncológico e de referência nacionaI. Todos os pacientes foram submetidos a avaliação clínica e funcional no Pré-Qt e Pós-Qt, de força muscular periférica(FMP), força muscular respiratória(FMR) e TC6M(teste de caminhada de 6 minutos). Os 38 pacientes preencheram Escala de Piper-revisada (EPR) graduada de 0-10 (ponto de corte: ≥4; α=0,94), Dutch Exertion Fatigue Scale (DEFS); ponto de corte: ≥12,5) e Dutch Fatigue Scale (DUFS); ponto de corte ≥14,5), Inventário de Depressão de Beck(IDB) ponto de corte: ≥13; α=0,94), no Pré-Qt e Pós-Qt. O critério de CXT adotado: queda maior que 10% da FEVE (fração de ejeção do ventrículo E) independente da presença de sintomas para valor menor que 53%. Os dados antropométricos, laboratoriais e ecocardiográficos foram coletados nos prontuários eletrônicos. Utilizou-se o programa SPSS 17.0 para análise estatística dos dados e p<0,05 considerado significativo. O atual estudo foi aprovado pelo CEP/INCA:(40466815.7.0000.5274) RESULTADOS: 38 pacientes completaram o estudo, 59±8 anos, 24 homens (63%), IMC= 25±4,7 kg/m² (pré-Qt) e 24±4,8 kg/m² (pós-Qt) p=0,0O2; PImáx =-57±23cmH2O (pré-Qt) e -65 ± 22cmH2O (pos Qt) p=0,009 e PE máx=71 ±24cmH2O (pré-Qt) e 69± 30cmH2O (pós-Qt) p=0,92; DP6M= 483±63m (pré-Qt) e 488±69m (pós-Qt) p= 0,59; FMP dominante= 32±9 kg (pré-Qt) e 30 ± 9 kg (pós-Qt)p=0,005; FMP não dominante = 29±9 kg (pré-Qt) e 27 ± 9 kg (pós-Qt) p=0,001. A prevalência da fadiga Qt) foi 82%(31) pré-Qt e 87%(33) pós-Qt; p=0,8 pela EPR; 45%(17) pré-Qt e 71% (27) pós-Qt; p=0,O2 pelo DEFS ≥12,5. A fadiga ao esforço pós- Qt foi associada a hemoglobina (OR=24,7; IC 95% 5,9 – 15,4); FMP não dominante (OR=29,5; IC 95% 2,5 -10,9) e dor (OR= 0,577; IC 95% 6,99 -23,46) . Deprimidos 34%(13) pré-Qt e 26%(10) pós-Qt, p=0,8 for IDB. A correlação DP6M com FMP dominante foi (r=0,54; p=0,001) e FMP não dominante (r=0,53; p=0,001). Diferença da DP6M em 20 pacientes (<30m) pós-Qt. A FEVE foi de 68,4±5,1% (pré-Qt) e 63,0±10,5% (pós-Qt) p=0,57 e diminuição da FEVE (25%) em 10 pacientes. CONCLUSÃO: Alta prevalência da fadiga ao esforço desencadeada pela fraqueza muscular periférica, dor e anemia, principalmente após Qt. A CXT foi observada cerca de 25% dos pacientes; porém não esteve associada com o agravamento da fadiga ao esforço.