Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Eduardo Nani |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/12499
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Resumo: |
Introdução: A cardiotoxicidade decorrente do tratamento do câncer com Doxorrubicina é uma complicação que aumenta a morbimortalidade dos pacientes portadores de neoplasias sólidas e hematológicas. A identificação precoce desta complicação modifica o prognóstico, permitindo medidas de cardioproteção sem comprometer a eficácia terapêutica oncológica. Objetivo: O objetivo deste estudo foi identificar qual é o marcador mais precoce de cardiomiotoxicidade em pacientes com câncer submetidos à quimioterapia cujo plano terapêutico incluiu o uso de Doxorrubicina. Casuística e métodos: foi realizado um estudo prospectivo em 40 mulheres portadoras de câncer, procedentes do serviço de oncologia do Hospital Universitário Antônio Pedro e da Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia do município de Rio Bonito (RJ), no período de agosto de 2012 a julho de 2015. Foram realizados exame clínico e os biomarcadores Troponina I (TnI), Peptídeo Natriurético tipo B (BNP), Mioglobina e Creatinofosfoquinase fração-MB (CK-MB), antes do início da quimioterapia (QT) e 24h a 48h após a primeira, terceira, sexta ou última QT; e exames de ecocardiograma com a técnica do speckle tracking antes de iniciar a QT, após a terceira, quarta ou sexta QT e após um ano de início da QT. Resultados: das 40 pacientes, 37 tinham câncer de mama, 2 linfomas e1 sarcoma. A média de idade foi 55,9±10,8 anos. Os fatores de risco para cardiotoxicidade foram sexo feminino (100%), hipertensão arterial (50%), tabagismo (30%), obesidade (35%) e diabetes (20%). A dose cumulativa média de Doxorrubicina administrada foi de 423±119mg/m2, 24 (60%) receberam doses maiores de 400mg/m2 e 16 (40%) entre 200 e 400mg/m2. Nenhuma paciente apresentou desfecho clínico de insuficiência cardíaca sintomática. A ocorrência de cardiotoxicidade subclínica, caracterizada por queda da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) maior que 10% para <53% em relação à medida basal ocorreu em cinco pacientes (12,5%) em até12 meses após o início da QT. Houve um aumento progressivo e sustentável dos níveis do BNP e da Mioglobina durante todos os ciclos de QT, alcançando valores significativamente mais elevados 12 meses após início da QT (p<0,001 e p<0,008, respectivamente). Os parâmetros de função sistólica FEVE por Simpson e pelo speckle tracking não apresentaram alteração evolutiva significativa. Houve piora significativa da função diastólica de VE em 17% entre a pré-QTe após a terceira QT, assim como de 48% entre a pré-QT e 12 meses após (p<0,0001). Conclusões: Cardiotoxicidade subclínica ocorreu em 12,5% das pacientes que receberam DOXO para tratamento de câncer. O BNP, a Mioglobina e a função diastólica aferida ao ecocardiograma foram os marcadores que mais precocemente se elevaram, sendo o BNP o único marcador que se correlacionou com a progressão da dose cumulativa de DOXO nesta população estudada |