Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Angela Monteiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/23906
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Resumo: |
A pesquisa teve como objetivo compreender como a oralidade e o papel dos mestres das tradições orais se presentificam na constituição do ser humano e das sociedades, a partir da cosmovisão de algumas civilizações negras tradicionais do oeste africano, mais especificamente da região sudano-saheliana. O estudo analisa a performance do narrador tradicional africano, a fim de compreender o processo de transmissão do conhecimento nessas sociedades orais. Identifica os elementos presentes nessa metodologia de ensino particular para compreender a forma com os tradicionalistas – responsáveis pela transmissão na África tradicional - apreendem o mundo e transmitem esses conhecimentos oralmente de geração a geração. Para tanto, a pesquisa dialoga com algumas obras do filósofo africano Amadou Hampâté Bâ – centrando-se em sua obra autobiográfica Amkoullel, o menino fula - além de outros autores e autoras africanos. Também estruturam a presente pesquisa as minhas vivências com o djeli Sotigui Kouyaté e outros djeli e contadores de histórias da tradição do Manden. Com o objetivo de ampliar a compreensão da África tradicional, entrevistei africanos da região sudano-saheliana, quando pude identificar indícios que confirmam a relevância da transmissão oral, dos mestres tradicionais e dos espaços formativos tradicionais nos dias atuais. Localizei na narrativa dos mestres tradicionalistas do oeste africano, elementos que a definem não só como um mecanismo de preservação e de transmissão de conhecimentos, mas também como uma estratégia de resistência, capaz de ultrapassar as barreiras da dominação cultural e política imposta pelo colonizador. A pesquisa nasce e se edifica a partir de uma escuta ampliada que teve por base o protagonismo africano. Trata-se de um convite para algumas noites de contação de histórias, rodas de conversa ao redor de uma grande fogueira aos pês de Grandes Rochas ancestrais. |