Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Uriarte Bálsamo, Pilar |
Orientador(a): |
Fonseca, Claudia Lee Williams |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/16883
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Resumo: |
A presente tese trata sobre migrações irregulares entre a África Ocidental e a América do Sul. Trata-se de jovens em contextos urbanos que abordam navios de carga de forma clandestina nos principais portos dos centros comerciais da região. Eles partem sem um destino certo e sua viagem pode ter diferentes desenvolvimentos. Às vezes são devolvidos à terra mesmo antes da partida; outras, são achados pela tripulação durante a viagem, ou já no lugar de destino pelas autoridades do porto. Nesses casos, podem ser deportados ao país de origem ou qualquer outro da África, ou permanecer no lugar de chegada como refugiados ou migrantes. Também se registram casos em que os passageiros clandestinos são lançados ao mar à deriva, onde podem ser resgatados por outras embarcações. O trabalho se baseia na etnografia realizada na América do Sul - em Venezuela, Uruguai e Argentina - e na África Ocidental - Nigéria e Gana. Analisa-se esse tipo de migrações em relação a dinâmicas demográficas mais amplas, nos dois polos do percurso migratório. De uma perspectiva transnacional, se vinculam esses locais com outros possíveis destinos futuros onde imaginam dar continuidade ao processo migratório. Esses destinos se relacionam às formas em que os migrantes descrevem sua experiência de deslocamento como a possibilidade de continuar sempre em movimento. No local de origem se analisam as formas em que os jovens constroem seus projetos migratórios, em relação às variáveis de gênero e idade, que são determinantes para entender a posição que eles ocupam na comunidade. No local de destino, se analisam os processos de integração a partir das definições cotidianas e jurídicas em que eles se inscrevem e que lhes são atribuídas pela sociedade englobante. Dentro dessas categorias, as diferenças de cor, lidas como diferenças raciais, têm um lugar particular, como uma das formas mais violentas de classificação às quais se vêm expostos. Observam-se os processos migratórios em perspectiva, vinculando a experiência desses jovens com os conceitos de diásporas nacionais e diáspora negra. |