Sob o olhar de Clarice Lispector e Hilda Hilst: transgressão e ruptura em Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres e A obscena senhora D

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Santos, Maria Helena Meirelles
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11087
Resumo: O trabalho pretende, inicialmente, investigar sobre o processo de escrita levando em consideração três aspectos evidenciados em Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres, de Clarice Lispector e em A obscena Senhora D. de Hilda Hilst: o primeiro trata da questão filosófica que formula o problema geral do homem frente às questões ligadas à existência humana, tais como a morte, a tradição a ontologia e a linguagem; o segundo refere-se à identidade feminina e a possibilidade de repensar conceitos preestabelecidos, subvertendo os modelos tradicionais do que seria uma “identidade feminina”; o terceiro aspecto refere-se aos diversos tratamentos do erotismo e à experiência amorosa que transita entre a variabilidade do terno e do pornográfico. Considerando que as duas autoras revolucionaram a forma narrativa, pretende-se, também, analisar e comparar a linguagem literária e de que maneira ela se estabelece, já que as obras de Clarice Lispector e de Hilda Hilst encerram em si dois sentidos: o de busca e o de ruptura. O primeiro, de caráter existencial, configurado pelo processo narrativo que se desenvolve através de um fluxo de consciência e que representa a própria fragmentação da identidade das personagens. É a busca pelo sentido da vida e de como estar no mundo e participar de um contexto social. O segundo relaciona-se com um discurso que rompe com a forma tradicional de narrar, que diz o indizível, que manifesta e que dá conta da realidade e dos questionamentos de Hillé e Lóri. Um discurso como manifestação literária das dúvidas e inquietações que emanam de personagens que, em algum momento, sentem a estranheza do mundo e a impossibilidade da relação com o outro