A política de educação de jovens e adultos da classe trabalhadora nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia no Estado do Rio de Janeiro

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Fernandes, Caroline Andrade
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Educação de Jovens e Adultos; Institutos Federais; Trabalho-educação; Instituição de ensino; Classe trabalhadora; Materialismo histórico; Educación de Jóvenes y Adultos; Institutos Federales; Trabajo-educación
• Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/30027

Esta pesquisa tem como objetivo analisar a configuração da Educação de Jovens e Adultos (EJA) nos Institutos Federais do estado do Rio de Janeiro – o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) –, a fim de compreender a oferta da EJA nessas instituições, no período de 2016 a 2020. Com base no referencial teórico do materialismo histórico-dialético (KOSIK, 1976; GRAMSCI, 1999; MARX, 2013), a investigação buscou compreender os fundamentos teórico-metodológicos da relação trabalho-educação para análise da educação da classe trabalhadora no Brasil; identificar as principais políticas públicas de Educação Básica e Profissional voltadas para jovens e adultos trabalhadores após a promulgação da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei nº 9.394 (BRASIL, 1996b) –, principalmente aquelas relacionadas aos Institutos Federais; e analisar a(s) oferta(s) e a(s) configuração(ões) da EJA no IFF e no IFRJ, no período mencionado. Os procedimentos metodológicos de pesquisa incluem o levantamento de fontes documentais, bibliográficas e dados estatísticos dos referidos institutos, além da realização de entrevistas semiestruturadas com dirigentes de suas reitorias, visando complementar as informações levantadas. Os resultados revelaram que a educação para a modalidade está atrelada à entrada do estudante da EJA no mundo do trabalho. Para isso, as formações têm sido aligeiradas, condensadas e estão distantes da realidade dos educandos. A conclusão deste estudo atesta a necessidade de uma reformulação do currículo e de uma inversão de ordem, na qual a oferta de cursos para a modalidade EJA também seja considerada prioridade, de modo que os cursos possam ir ao encontro da realidade desses estudantes, evitando a evasão.