Ideologias linguísticas sobre a língua inglesa: uma análise glotopolítica da bncc-ef

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rocha, Cláudia Fonseca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14590
Resumo: Recentemente, significativas decisões políticas afetaram a Educação Básica no Brasil e a elaboração de um documento normativo curricular para todo o território nacional – a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – em 2017 foi a principal delas. Houve também alterações na LDB 9.394/96 cujo objetivo principal foi a reforma do Ensino Médio e o estabelecimento da língua inglesa como língua adicional obrigatória. Discutir tais ações políticas e participar desses debates, além de ser um direito democrático, é um ato glotopolítico. O modo como a língua inglesa vem sendo usada no contexto global multicultural como ‘língua franca’ há muito vem sendo discutido e afeta diretamente o ensino. O objetivo desta pesquisa é fazer uma análise conceitual das categorias ideológicas de ‘língua franca’, ‘língua e cultura’ e de ‘norma e variação linguística’, sob a perspectiva glotopolítica, apresentadas no documento normativo Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Fundamental, do componente curricular língua inglesa, e entender de que forma elas são concebidas pelo documento. Como aporte teórico, utilizamos a perspectiva glotopolítica (GUESPIN & MARCELLESI, 1986), que aborda as Políticas Linguísticas de forma crítica nas práticas sociais, e o conceito de ideologias linguísticas (WOOLARD, 2007, 2012; DEL VALLE, 2007). Esta é uma pesquisa de caráter qualitativo e documental, uma vez faz uma revisão teórica dos conceitos linguístico-ideológicos ao analisa-los num documento oficial, normativo e norteador dos currículos da Educação Básica brasileira. Os resultados indicaram que a perspectiva de ensino de inglês como ‘língua franca’ é a escolhida para o Ensino Fundamental sob uma abordagem comunicativa intercultural. Por outro lado, os conhecimentos linguísticos propostos apresentam indícios de uma visão estrutural de língua para o currículo e não condizem com a proposta multicultural. Esta pesquisa se insere nas áreas de Sociolinguística e de Linguística Aplicada, da linha de pesquisa ‘História, política e contato linguístico’