Avaliação das alterações comportamentais e resposta inflamatória no córtex cerebral de camundongos BALB/c infectados com Leishmania amazonensis
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/12754 http://dx.doi.org/10.22409/PPGMN.2019.d.04659390900 |
Resumo: | A Leishmaniose é uma doença tropical neglicenciada que afeta milhões de pessoas no mundo. Apesar de existirem relatos de alterações neurológicas associadas à infecção por Leishmania, principalmente em indivíduos imunocomprometidos, pouco se sabe como o sistema nervoso pode ser afetado nestes pacientes. Recentemente, nosso grupo evidenciou que a infecção de camundongos BALB/c por Leishmania amazonensis induz redução dos níveis de IFN-, IL-1, IL-6, IL-4, IL-10 e neurotrofinas (BDNF e NGF) no córtex cerebral pré-frontal, mesmo antes do DNA do parasita ser detectado nessa região. Após a constatação do DNA do parasita no cérebro, aumentam os níveis de TNF-α, que retorna aos níveis normais aos 6 meses de infecção, sugerindo existência de um mecanismo imunoprotetor. O objetivo deste estudo foi analisar a inflamação, alterações cerebrovasculares no córtex pré-frontal e alterações de comportamento nos camundongos BALB/c em diferentes espaços temporais após infecção com Leishmania amazonensis. Logo após a infecção, período onde as citocinas estavam diminuídas no córtex frontal, observou-se comportamento ansiogênico nos animais infectados. Entretanto, aos 4 meses de infecção, observou-se maior expressão de TNF-α e TNF-R1, acompanhado de um aumento de metaloproteases e de moléculas de adesão celular VCAM-1 e NCAM. Por microscopia intravital, foi evidenciado maior rolamento e adesão de leucócitos nos vasos do córtex. Além disso, evidenciamos nesta fase de infecção um aumento de permeabilidade no cérebro dos camundongos infectados inoculado com azul de Evans sugerindo uma quebra de barreira hematoencefálica, o que poderia facilitar a entrada do parasita no SNC. Aos 6 meses de infecção, observou-se um aumento significativo da expressão da subunidade α7 do receptor nicotínico de acetilcolina, sugerindo envolvimento da resposta antiinflamatória colinérgica no controle dos níveis de TNF-α no córtex frontal. Esse estudo traz informações relevantes que sugerem a importância do perfil inflamatório no córtex pré-frontal e a alteração comportamental observada na leishmaniose |