Três dimensões de cidadania como instrumento de controle da gestão de políticas públicas: justiça administrativa como vetor de equilíbrio na disfunção da judicialização da políticas públicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Critsinelis, Marco Falcão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14810
Resumo: A dissertação teoriza o exercício do poder político popular associado à justiça administrativa, como instrumental de contenção e fomento da atuação governamental. Transita a abordagem pelas metamorfoses das relações contemporâneas democráticas representativas, mensurando a cidadania em três dimensões, dentre as quais recorta a conexão entre a cidadania administrativa e as funcionalidades de legislar, administrar e julgar. Constata a necessidade de vias de diálogo democrático entre a função executiva e governados, na qualidade de titulares do direito subjetivo político de questionar os atos administrativos vinculados à prestação de serviços públicos e deliberar sobre diretrizes de políticas públicas. Para apoiar a eficácia metodológica de participação granular da comunidade pluricontextualizada, considera a prestação da jurisdição administrativa como corolário de um direito humano fundamental, enquanto potência realizadora de expectativas sociais inclusivas. O núcleo do trabalho desenvolve temas relacionados com as liberdades públicas, a cidadania e o conjunto de governança, aptos a estabelecer pontes de comunicação, por força da subsunção aos contornos requisitados pelo Estado do Bem-Estar Social. Apoiado em trabalhos acadêmicos especializados e em decisões de cortes supranacionais, vislumbra a possibilidade de bases universalizáveis do devido processo legal para modelar garantias processuais dignas do processo justo e imparcial, aplicáveis à jurisdição administrativa. Em conclusão, a leitura da justiciabilidade estatal, como cláusula fundamental, é manejada a serviço de metarregras éticas que edificam a intensidade de participação social conformada com a eficiência governamental, sob o pálio do Estado de Direito