Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Ascoli, Micheli da Silva Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/28881
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Resumo: |
O mercúrio (Hg) é um metal altamente tóxico que pode ser acumulado por organismos aquáticos, bons indicadores de biodisponibilidade de metais na água. O consumo destes organismos pode representar risco à saúde do homem, uma vez que a principal via de intoxicação do ser humano pelo Hg é pelo consumo de pescado e derivados. Portanto, o objetivo deste estudo foi traçar um perfil do grau de contaminação por metais através de uma revisão de literatura sobre a distribuição de metais traço em mexilhões Perna perna na costa brasileira, através da determinação mercurial de atum in natura (Thunnus albacares) e em conserva (Thunnus sp.), meca (Xiphias gladius), corvina (Micropogonias furnieri), peixe espada (Trichiurus lepturus), camarão (Litopenaeus vannamei), raia (Pteroplatytrygon violacea) e na coluna dágua da enseada de Itaipu por meio da análise de mexilhões Perna perna obtidos de uma fazenda experimental instalada na região. O mercúrio total (HgT) foi determinado por Espectrofotometria de Absorção Atômica por arraste de vapor a frio (EAA-VF) e baseada no diferencial Zeeman (Lumex®). Os maiores teores médios de HgT foram observados nas amostras de meca (0,393 μg.g-1 ), sendo estatisticamente diferente das demais espécies estudadas, e seguida pela raia (0,224 μg.g-1 ), atum in natura 0,187 μg.g-1 , atum em conserva 0,169 μg.g-1 , corvina 0,124 μg.g-1 , peixe espada 0,078 μg.g-1 , e camarão 0,058 μg.g-1 . O meca foi a única espécie que ultrapassou o limite máximo recomendado para peixes predadores, sendo imperativo um alerta das organizações sanitárias pelo consumo frequente desta espécie. Além do meca, o consumo das outras espécies estudadas pode constituir risco à saúde humana dependendo da frequência de ingestão, exceto o camarão que, apesar de apresentar as menores médias, indicou aumento da contaminação por Hg na Baía de Sepetiba. Pelo homem ocupar o topo da cadeia trófica, pode haver um risco de contaminação mercurial pela ingestão frequente de peixes carnívoros. Os mexilhões e a corvina demonstraram ser úteis como biomonitores da contaminação por Hg na água e evidenciaram a existência do metal na enseada de Itaipu, embora em pequenas concentrações nos moluscos. A corvina acumulou mais HgT que o peixe espada devido ao hábito de vida de permanecer no estuário até a maturidade, indicando a presença de alguma fonte antropogênica de Hg. Os valores de HgT encontrados foram comparados com os estabelecidos por legislações internacionais a partir dos conceitos de ingestão diária e semanal. Em mar aberto, o meca e o atum podem ser potenciais bioindicadores de poluição por Hg e, dependendo da frequência de consumo, com exceção do camarão, as espécies estudadas podem constituir risco à saúde humana. |