Concentração mercurial e estimativa do risco à saúde humana decorrente do consumos de pescado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Alva, Camila Valente
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28508
Resumo: Os peixes representam uma fonte importante de proteínas, vitaminas e principalmente de gordura poli-insaturadas, sendo recomendada por profissionais da saúde para uma dieta saudável. Porém essa matriz alimentar pode acumular elementos traços capazes de causar efeitos adversos à saúde humana. O mercúrio é um importante contaminante das águas doces e marinhas devido a fontes naturais, como a presença no solo e erupções vulcânicas, e fontes antropogênicas, como garimpo de ouro e processos industriais. Nas águas, a sua forma orgânica, de metilmercúrio, se acumula nos animais ao longo da cadeia trófica. Devido à capacidade de bioacumulação e bioamplificacão do metal, espera-se que representantes da biota aquática que ocupem o topo da cadeia alimentar apresentem maiores quantidades deste contaminante. O ser humano no topo da cadeia alimentar merece destaque com relação ao risco de intoxicação ao mercúrio visto que o pescado representa a principal fonte de contaminação ao homem que não possui exposição ocupacional. Objetivou-se nesse trabalho verificar a concentração de mercúrio em algumas espécies de peixes dando base para uma estimativa de risco de acordo com a região estudada. No primeiro experimento (Artigo 1) objetivou-se avaliar a concentração mercurial em espécies de peixes com expressivo valor comercial consumidos na região norte do Brasil. Os peixes apresentaram teor abaixo do preconizado pela legislação vigente, porém em 75% dos casos foi observado risco à saúde da população devido ao alto consumo nessa região, que tem o pescado como a base da sua alimentação. No segundo experimento (Artigo 2) foram coletadas 69 latas de atum enlatado de marcas distintas comercializadas na cidade do Rio de Janeiro e analisadas quanto ao teor mercurial. Os teores de mercúrio variaram entre 0.071 e 0.588 µg.g-1 , sendo observado em uma lata um valor de 1.060 µg.g-1 , acima, portanto, da legislação. Considerando fatores que tangem a estimativa de risco, conclui-se que o consumo regular deste produto não representa riscos à população.