Juvenilização e enegrecimento da EJA: subproduto das políticas de universalização da educação básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Teixeira, Eliana de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
EJA
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14698
Resumo: Tendo como suporte análises das trajetórias escolares de estudantes no Sistema Municipal de Ensino de Angra dos Reis nascidos entre o final da década de 1980 e o início dos anos 2000, o presente trabalho investiga o processo de juvenilização e enegrecimento da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Sob metodologia quantitativa, tais fenômenos são evidenciados estatisticamente não apenas pela proporção de jovens e negros nessa modalidade de ensino, mas também pela ineficácia do sistema educacional em produzir concluintes. A análise das trajetórias escolares com dados advindos do Sistema de Gestão da Rede Escolar de Angra dos Reis (Sistema SectOnline – PMAR) e da Pesquisa Perfil da EJA, realizada pelo poder público municipal, revela a migração dos estudantes – jovens/adolescentes, em sua maioria negros - do ensino regular para EJA no decorrer dos anos. Dados do Censo Escolar da Educação Básica também foram utilizados para configuração dos fenômenos em âmbito nacional, bem como para análises comparadas. Tendo o direito à educação e o reconhecimento e valorização da diversidade como princípio, examinamos os fenômenos em diálogo com dispositivos legais e com autores como Haddad e Pierro (2000), Guimarães (2003), Saviani (2005; 2014), Oliveira I. (2007), Munanga (2010), Silva (2010), Abreu e Mattos (2011), Arroyo (2011), Dayrell, Nogueira e Miranda (2011), Julião (2017) e Lemos (2017). Os achados denunciam a ausência de informações de cor ou raça no interior da educação básica e a insistente lógica da exclusão e segregação escolar que coloca a EJA e seus sujeitos, notadamente os jovens negros, em um lugar marginalizado no interior do sistema educacional. Em conclusão, somos levados a considerar a juvenilização e enegrecimento da EJA, na atualidade, como subprodutos do processo de universalização da Educação Básica em curso