“A coisa tá ficando preta”: o enegrecimento do repertório de movimentos de mães e familiares de vítimas de violência
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Ciências Sociais Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22159 |
Resumo: | O objetivo central desta tese é analisar a incorporação de uma leitura racializada da violência de Estado por movimentos de mães e familiares de vítimas. Através de incursões etnográficas, análise bibliográfica e documental apresenta a trajetória de três gerações de movimentos atuantes no Rio de Janeiro. A primeira geração nasce na década de 90 quando ganham repercussões as chamadas ‘chacinas’, a segunda geração se forma nos anos 2000 quando desenvolvem-se diferentes estratégias de protesto e denúncia pública por parte destes movimentos, e, a partir da segunda década dos anos 2000 nasce uma terceira geração marcada pela elaboração de práticas e gramáticas racializadas da violência de Estado cujo processo é chamado de ‘enegrecimento dos repertórios’ de luta. A passagem entre a segunda e terceira geração se configura como um contexto de ampliação dos debates públicos sobre questão racial no Brasil e a aproximação entre movimentos de mães e familiares, e, grupos de ativismo negro. A tese busca analisar como o enegrecimento se apresenta situacionalmente como parte de um conjunto de estratégias elaboradas em suas lutas por justiça ao longo dos últimos anos. O repertório enegrecido produzido por esses grupos aponta para uma ampliação de suas formas de atuação e denúncia contra violência de Estado no Brasil. |