Interfaces educacionais do movimento punk e sua relação com a educação libertária no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ribera, Hélio Jorge Amaral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15088
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo investigar a possível presença de referências da educação libertária na produção intelectual do movimento Punk brasileiro em seu início. Tal desconfiança se originou nos assuntos discutidos por eles nas letras de suas músicas e nos textos e matérias dos fanzines. Nosso trabalho revê o caráter socializante e educativo contido em suas pautas e conteúdos, além de seu teor crítico e político, o que diferencia esse movimento como, para além da música, um movimento social surgido das camadas mais pobres da população. O trabalho também revisa a presença do tema anarquia de forma constante nos fanzines punks, quase como marca de autenticidade. Dialogamos com referências teóricas que amparam nossa análise a partir das fontes selecionadas, iniciando a pesquisa a partir do surgimento do Punk na área mais pobre de Nova York na década de 1970. O trabalho revisa o estilo de vida e valores de seus agentes com comportamento peculiar e diferenciado, e as implicações que isso significou na indústria cultural e na sociedade conservadora da época. De Nova York partimos em nossa historiografia para o movimento Punk em Londres e no Brasil, quando contrastamos o movimento com a realidade social e política de nosso recorte temporal, enfocando as atividades independentes dos jovens que realizavam seus projetos em sistema de autogestão, em um momento econômico e estrutural delicado. Como era a educação desses jovens no período pesquisado? De que forma reagiam às lacunas e pendências da educação formal e como transformaram isso em uma produção intelectual autônoma dentro de um movimento independente de música e arte? Posteriormente, vemos as origens e algumas características da educação libertária no exterior e no Brasil para discutirmos os traços anarquistas em São Paulo e as relações dos jovens punks com o movimento anarquista. Em nossas considerações finais, analisamos perspectivas que se relacionam e dialogam de forma consistente, verificando se existe ou não um padrão que efetivamente ligue a educação libertária à produção intelectual do Punk no Brasil