Caminhos, violências e r-existências : experiências do risco de ser mulher na metrópole fluminense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Barroso, Vanessa da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29150
Resumo: Caminhar sozinha pelas ruas da cidade e temer o abuso nos transportes públicos, o assédio disfarçado de elogio e os inúmeros casos de estupro faz parte da rotina de diversas mulheres nas grandes cidades. Os seus deslocamentos e suas formas de vivenciarem o espaço tornam-se diferenciados e inferiores ao dos homens por temerem a violência de gênero nas ruas e nos espaços que frequentam. Além do medo do espaço público, o doméstico também representa um lugar de iminente risco de violência, praticados por companheiros, familiares ou por pessoas que mantenham laços afetivos. Dessa forma, olhamos analiticamente a cidade a partir de diferentes escalas, buscando romper com as dicotomias entre o espaço público e privado para analisar efetivamente a espacialidade feminina. Por isso, nossos objetivos buscam analisar experiências de mulheres da Região Metropolitana do Rio de Janeiro diante do iminente risco da violência de gênero, onde buscamos compreender como as relações de gênero historicamente construídas somadas a diversos eixos interseccionais, como raça, classe, deficiência física e sexualidade se refletem no espaço urbano e na experiência espacial das mulheres. Com isso, buscamos verificar como essas vivências estão grafadas em seus corpos e em suas percepções de espaço e violência, bem como, compreender de que forma a estrutura urbana agrava ou não o medo e a percepção do risco nos espaços da região metropolitana do Rio de Janeiro. Trabalhamos, assim, com a noção de risco como recurso metodológico para expressar a dimensão da violência e a forma como ela marca os corpos das mulheres. Nesse sentido, em nossas trilhas metodológicas, buscamos analisar trajetórias de sete mulheres jovens imbricadas em diferentes eixos intersecionais de raça, classe social, sexualidade, deficiência e localização geográfica através de entrevista semiestruturada para compreender nossos objetivos. Para operacionalizar nossas questões foi feito um levantamento bibliográfico a partir de base teórico-conceitual envolvendo os conceitos de espaço, gênero, risco e violência.