Muros x pontes : as transformações urbanas na cidade de Porto Alegre como promotoras dos sentimentos de segurança e insegurança no final do século XX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pedroso, Lucio Fernandes
Orientador(a): Rodeghero, Carla Simone
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/206420
Resumo: A presente tese de doutorado analisa, a partir da percepção dos moradores de bairros selecionados da cidade, como se dá a relação entre as impressões das mudanças urbanísticas e os sentimentos de medo da violência e segurança. Com esse objetivo, este trabalho analisa como diversas formas de transformação do espaço urbano interferiram na relação de segurança ou insegurança em diferentes bairros da cidade de Porto Alegre. Para dar conta desta análise, a presente pesquisa utilizou como fonte entrevistas, realizadas pelo Centro de Pesquisas Históricas de Porto Alegre para o projeto Memória dos Bairros, com moradores de cinco bairros da cidade do final da década de 1980 até o começo dos anos 2000. Os bairros escolhidos foram: Restinga, Vila Iapi, Lomba do Pinheiro, Petrópolis, Cristal. A memória trabalhada por essas entrevistas foi tratada nesta pesquisa enquanto uma forma de costurar a identidade em meio a um espaço em mutação. Os espaços sociais, as ruas e as edificações foram articuladoras das lembranças dos habitantes da cidade e referências para as suas práticas sociais. A análise identificou duas formas de lidar com a segurança e o medo da violência na cidade de Porto Alegre no final do século XX. A primeira foi a dos moradores de bairros mais periféricos que contribuíram diretamente para a construção de seu espaço e formação de identidade. Esses afirmavam que se sentiam seguros e confiavam no espaço habitado. A segunda foi a dos moradores que vivenciaram a alteração do seu espaço e aderiram à estratégia de segurança da exclusão e segregação. Nesta segunda forma, a sensação de aumento da violência era provocada pela vivência das transformações do espaço urbano.