Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Monique de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/23471
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Resumo: |
A violência de gênero, enquanto fenômeno relacional atravessa toda a sociedade, atingindo mulheres, homens e pessoas LGBTI+s. A universidade é caracterizada como um espaço que abriga uma pluralidade de sujeitos sociais e, como resposta à essa diversidade, a violência muitas vezes se mostra como um mecanismo de controle hegemônico. Nesse aspecto, este trabalho atenta para o fato de que a violência de gênero pode perpassar espaços deveras privilegiados socialmente, como o espaço acadêmico. No intuito de dar visibilidade à violência de gênero contra as mulheres neste espaço, foi traçado como objetivo de pesquisa analisar as percepções dos sujeitos que compõem as entidades representativas estudantis (Diretórios Acadêmicos) dos cursos de Economia e Serviço Social quanto à violência de gênero na Universidade Federal Fluminense. Para tanto, os métodos de pesquisa qualitativa – revisão bibliográfica, etnografia, análise documental e entrevistas semiestruturadas com representantes dessas entidades – foram fundamentais no pavimento do percurso metodológico. Os resultados encontrados apontam para uma dificuldade na definição do conceito de violência de gênero, bem como a dificuldade de se perceber a população LGBTI+ enquanto possíveis vítimas deste tipo de violência. O estudo mostra ainda que, embora as estudantes entrevistadas apostassem em uma perspectiva educacional de transformação das relações de violências motivadas pelo gênero, essa questão não ganhou ênfase nas propostas que levantaram enquanto grupos que concorreram às eleições para os diretórios acadêmicos dos cursos analisados. Um imbróglio que, talvez, possa ser explicado pela ideia de que a temática de gênero é um debate de relevância “secundária” na academia. Desde a análise da sócio-historicidade da violência de gênero, até o exame das políticas públicas de enfrentamento da mesma (enquanto conquista dos movimentos feministas e LGBTI+s), um dos resultados da pesquisa foi a percepção de que há a dificuldade de se reconhecer a violência perpetrada contra os LGBTI+s. Nessa perspectiva heteronormativa perigosa, tende a se esquecer que os sujeitos desta pesquisa, as mulheres, compõem um grupo plural no que tange às suas cores e sexualidades. |