A representatividade negra para crianças: o caso do desenho animado Clube da Anittinha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Costa, Jackeline da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25075
Resumo: A presente pesquisa propõe um debate racial em torno dos desenhos animados, recorrendo a conceitos contemporâneos centrais na discussão como: representação (HALL, 2016), representatividade (ALMEIDA, 2019), feminismos negros (COLLINS, 2019; HOOKS, 2019; RIBEIRO; 2018; 2017, GONZALEZ, 2020), interseccionalidade (COLLINS, BILGE, 2021) e infâncias (FREITAS, 2016; KUHLMANN JR, 2015). Logo, ela inicia seu percurso no período pós abolicionista, analisando os conflitos gerados pelo mito da democracia racial no Brasil, constatando como a miscigenação afeta de forma particular as mulheres negras, em seguida, localiza as instituições sociais que foram historicamente ocupadas pelas crianças negras brasileiras. Continuamente, a pesquisa propõe classificar os desenhos animados infantis como um produto político contemporâneo para analisar as construções acerca de uma nação, estabelecendo símbolos que são associados a determinados contextos sociais e geográficos. Por fim, são realizadas análises do discurso e de conteúdo (ORLANDI, 2020; BARDIN, 2016) do Clube da Anittinha (2018), um desenho animado inspirado em uma celebridade brasileira e direcionado para a primeira infância. Com os dados levantados foi percebido que coexistem dois tipos de representatividades emergindo nos desenhos animados infantis, uma ligada aos interesses do mercado audiovisual e outra com um foco na ancestralidade. Logo, entende-se que a representatividade é uma ferramenta ambígua, porém potente na produção de imagens transgressoras (HOOKS, 2019).