O estereótipo da mulata incorporado à mulher negra, favelada e carioca nos videoclipes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Raphael, Izabel dos Anjos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33198
Resumo: Nos últimos anos, as favelas cariocas têm sido utilizadas frequentemente como cenário em videoclipes nacionais e internacionais de diferentes gêneros musicais. Com essa motivação, a presente pesquisa tem como objetivo investigar por que e como acontece a representação das mulheres negras moradoras destes espaços. Iniciamos este trabalho analisando a consolidação do videoclipe (HOLZBACH, 2013) e como se deu sua relação racial no Brasil e fora dele, a fim de compreender o contexto no qual mulheres negras estão inseridas. Continuamente, o trabalho propõe trazer alguns fatores, por meio do estudo de Bianca Freire-Medeiros (2009), que contribuíram para que as favelas cariocas se tornassem ponto turístico, e consequentemente locais procurados para gravações desses vídeos. Logo após, é realizada uma contextualização histórica do estereótipo e turistificação da mulata por meio do poema Mulata Exportação de Elisa Lucinda, com o intuito de apontar como esse processo se construiu até os dias de hoje. Por fim, são realizadas análises discursivas e estéticas da representação da mulher negra, favelada e carioca nos videoclipes de Beautiful (2002), de Snoop Dogg e Pharrell Williams, e Vai Malandra (2017), de Anitta, Maejor e MC Zaac. Com os dados levantados foi percebido que estes corpos seguem sendo estereotipados, porém com novas roupagens e funções em uma ordem social, que deveria ser democrática, mas mantém intactas as relações de gênero, segundo a cor e a raça instituídas no período escravista.