Pesquisa de piroplasmídeos em amostras de cães (Canis familiaris), gatos (Felis catus) e em artrópodes coletados em Teresópolis, Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Palmer, João Pedro Siqueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27113
http://dx.doi.org/10.22409/PPGMPA.2022.m.15640548703
Resumo: Piroplasmídeos são hemoprotozoários que infectam mamíferos e aves, podendo causar infecções assintomáticas ou levar o animal a óbito. Mediante a importância da piroplasmose para a saúde dos animais, bem como à escassez de estudo nessa área principalmente em gatos no Brasil, este estudo objetivou analisar a frequência e o perfil da infecção por piroplasmídeos em cães, gatos e nos artrópodes associados no município de Teresópolis, RJ. Este estudo foi aprovado na CEUA e CEP/UFF e incluiu 400 cães e 250 gatos atendidos em clínica médica veterinária em Teresópolis, RJ entre setembro de 2020 e agosto de 2021. Os tutores desses animais foram sensibilizados e aqueles que concordaram assinaram o TCLE e responderam um formulário com perguntas sobre os animais. Na consulta clínica, era realizada a coleta do sangue e de artrópodes quando o animal estava infestado. As amostras de sangue foram submetidas a análises de distensões delgadas e a realização de hemograma. Todas as formas evolutivas de piroplasmídeos foram mensuradas e classificadas morfologicamente. Além disso, o sangue foi submetido a extração de DNA seguido da PCR para amplificação do gene GAPDH para confirmação da extração. DNA extraído das amostras de sangue de cães e gatos foi submetido a pesquisa de piroplasmídeos por meio de ensaios que amplificam fragmentos dos genes 18S RNAr e hsp70. Além disso, os ixodídeos foram classificados morfologicamente e também foram submetidos a análise molecular para pesquisa de piroplasmídeos de acordo com o utilizado nas amostras de sangue. Todos os produtos foram encaminhados ao sequenciamento gênico. As informações obtidas nos formulários, na análise hematológica e clínica, bem como os resultados das técnicas foram analisadas por estatísticas univariada e multivariada. Das 400 amostras de sangue de cães, piroplasmídeos foram detectados em 2,3% ao associar as técnicas microscópicas e moleculares. As variáveis associadas as infecções por piroplasmídeos nesses animais foram hemorragias/sangramentos, icterícia, anisocitose, monócitos ativados e macroplaquetas (p≤0,05). Foram visualizados piroplasmas piriformes, anelares, ovalares e aberrantes em eritrócitos, neutrófilos e monócitos, com comprimento maior e menor que 2,5μm nas amostras desses animais. As nove amostras positivas dos cães apresentaram sequências nucleotídicas com 99 a 100% de identidade com Rangelia vitalii. Nos gatos, foi verificada positividade de 2,8% para piroplasmídeos somente na análise molecular. Em seis foram verificadas sequências nucleotídicas com 99 a 100% de identidade com Babesia vogeli. Apenas em uma amostra foi identificada sequência nucleotídica de Cytauxzoon spp.. Acesso ao quintal, apatia/fraqueza/prostração e hemorragias/sangramentos foram associadas a positividade para os piroplasmídeos (p≤0,05). Ao todo, foram coletados 277 ixodídeos, desses apenas um foi obtido de um gato, classificado como Amblyomma aureolatum. Já nos cães foram coletados 193 adultos e 34 ninfas de Rhipicephalus sanguineus, seis adultos de A. aureolatum, 1 ninfa de Amblyomma sp. e 42 larvas não identificadas taxonomicamente. Apenas em um exemplar adulto de R. sanguineus foi evidenciado sequência de B. vogeli. Foi evidenciado positividade para diferentes espécies de piroplasmídeos em amostras biológicas de cães, gatos e ixodídeos coletados desses animais na cidade da região serrana fluminense, bem como fatores epidemiológicos, clínicos e hematológicos associados a piroplasmose