A literatura líquida de João Gilberto Noll: entre o dizer e o fazer em dissolução

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Nunes, Tania Teixeira da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11174
Resumo: Escrever para João Gilberto Noll é narrar a vida, episódios em que a palavra literária e o corpo se movimentam, entrecruzam, rarefazem e dissolvem para experimentar a literatura no reino da imagem. Esta tese objetivou investigar três romances do autor em momentos distintos: A Fúria do corpo (1980), Mínimos, Múltiplos, Comuns (2003) e Acenos e Afagos (2008) a fim de descrever a escrita do autor como uma grafia porosa, segundo observa Silviano Santiago, em processo contínuo e variado de aproximação do elemento líquido com imagens em dissolução. Foram discutidos, na dinâmica da leitura, o erotismo em interação com o sagrado e o profano; a prosa e a poesia entre realidade e ficção; o corpo em interação com o eu e o mundo em várias possibilidades combinatórias. Como referenciais teóricos, refletimos a partir de pressupostos de Silviano Santiago, Walter Benjamin, Zygmunt Bauman, Georges Bataille, Roger Caillois, Antonin Artaud e Jorge Glusberg. A experiência da dissolução, na obra multifacetada do autor, revelou a literatura como eterno retorno do novo. Nossa hipótese é de que existe um dinamismo na obra de João Gilberto Noll, que colabora com a marca do tempo, para a composição de uma escrita teatral centrada na oposição entre formar e de-formar pela linguagem, criando efeitos inusitados para a recepção do leitor