Os movimentos do olhar: do encontro do Real ao deslocamento estético, o cinema de Gus Van Sant

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Venanzoni, Thiago Siqueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-13032017-134639/
Resumo: A presente pesquisa analisa três filmes do diretor norte-americano Gus Van Sant: Elefante (2003), Últimos dias (2005) e Paranoid Park (2007). Esses três filmes, muitas vezes pensados como uma trilogia, não se igualam apenas no campo estético, mas também em sua proposta política, já que os três apresentam fatos sociais e acontecimentos (mais próximos à esfera do jornalismo). Assim, a pesquisa desenvolve sua argumentação tendo como ponto de partida a realidade concreta e os modos de construção de suas possíveis representações. Não se trata, nesse caso, precisamente de um tipo de realismo enquanto gênero, mas, sobretudo, um modo realista imbricado na forma ficcional dos filmes em função das questões políticas e de sociabilidade que eles suscitam. A pesquisa aborda, dessa forma, três pontos a partir dos quais pensar o cinema contemporâneo, apontando algumas de suas escolhas no campo da visibilidade e em sua política. No trabalho, são três as dimensões do olhar que se colocam a partir do discurso cinematográfico: 1. o olhar do autor, que intenciona uma enunciação; 2. o olhar da cena e a performatividade das imagens, que tensionam o lugar de intenção da autoria; 3. o olhar da cena social, que encontra o lugar político das imagens e do espectador em relação à circulação delas. A esse processo foi dado o nome de dialética do olhar, pois ele constrói a todo instante os espaços de alteridade, ou do Mesmo e do Outro, na imagem.