Hiperperfusão e estabilidade metabólica do cérebro humano em hipoxemia: o papel do canais de potássio sensíveis à ATP
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/17013 |
Resumo: | O objetivo deste estudo foi determinar o papel dos canais de potássio sensíveis à ATP (K+ATP) na hiperperfusão cerebral e estabilidade do metabolismo do cérebro durante hipóxia isocápnica (HXI). Sete (7) homens (25 ± 4 anos, 1,76 ± 0,1 m e 75,3 ± 5,7 kg) foram expostos a 5 min de (1) Normóxia (NX-21%O2) e de (2) Hipóxia isocápnica (HXI-10%O2) em 2 etapas: Antes (AG) e 3 h depois da ingestão de 5 mg de Glibenclamida (DG), um antagonista seletivo dos K+ATP. Em um protocolo subsequente, 5 homens (24 ± 4 yrs, 1,78 ± 0,1 cm, 75,5 ± 6 kg) foram submetidos aos mesmos procedimentos experimentais antes e 3 h depois da ingestão de placebo (5 mg). Pressão arterial média (PAM, Invasiva na artéria braquial ou radial), saturação, pressão parcial de oxigênio (PO2) e de dióxido de carbono (PCO2), concentrações de glicose e lactato em sangue arterial e da veia jugular interna direita (Gasometria), assim como o fluxo sanguíneo (FS – Ultrassonografia de Doppler) nas artérias Carótida Interna (ACI) e Vertebral (AV), foram quantificados simultaneamente nos últimos 30 s de cada uma das etapas. A PCO2 de repouso foi mantida durante todo experimento através de um sistema de reinalação. O fluxo sanguíneo total do cérebro (tFSC), sua taxa metabólica de oxigênio (CMRO2) e as razões oxigênio glicose (OCI) e oxigênio carboidrato (OGI), índices de contribuição do metabolismo cerebral não-oxidativo, foram calculados nas condições experimentais. Em ambas as condições, HXI provocou redução similar na saturação arterial de O2 (Δ AG -18,3 ± 6,0 vs. DG -17,9 ± 3,5 %, p = 0,784 AG vs. DG) e na PO2 (Δ AG -80,6 ± 4,8 vs. DG -77,6 ± 9,0 mmHg, p = 0,351 AG vs. DG). A PAM não foi modificada durante as condições. O aumento no fluxo de sangue da ACI foi significativamente menor quando os indivíduos foram expostos à HXI em condições de bloqueio dos K+ATP (Δ DG +111,2 ± 94,3. ml.min-1 vs. AG +65,5 ± 67,5 ml.min-1, p = 0,0217). Da mesma maneira, o aumento de fluxo na AV foi atenuado quando os K+ATP foram bloqueados (Δ AG +44,0 ± 38,0 vs. DG +26,4 ± 38,6 ml.min-1, p = 0,035). Logo, o bloqueio dos K+ATP resultou em menor aumento no fluxo sanguíneo total do cérebro (tFSC) (Δ AG +310,2 ± 215,0 vs. DG +183,7 ± 149,8 ml.min-1, p = 0,017). Essa atenuação no incremento da perfusão cerebral em condições de HX foi acompanhada por uma redução no aumento no metabolismo oxidativo cerebral observado antes do bloqueio dos K+ATP (Δ CMRO2 AG +18,9 ± 14,8 vs. DG +4,5 ± 12,2 mmol.100 g.min-1, p = 0,025). Não houve nenhuma indicação de aumento na contribuição do metabolismo não-oxidativo em condições de hipóxia uma vez que tanto OGI (Δ AG -0,50 ± 1,9 vs. DG +0,15 ± 1,5 p = 0.648) quanto OCI (AG -0,51 ± 1,9 vs. DG +0,20 ± 1,6, p = 0,672) não foram modificados. Nenhuma dessas variáveis foram modificadas pela ingestão de placebo. Dessa maneira, como em modelos animais, os K+ATP desempenham papel na modulação do fluxo sanguíneo cerebral e metabolismo cerebral oxidativo durante hipóxia isocápnica |