Racismo institucional e movimentos negros: resistências e coexistências em Campos dos Goytacazes/RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ramos, Manuelli Batista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13312
Resumo: Consideramos que há uma permanência das estruturas, mediações e relações assimétricas de poder entre negros e brancos originado no colonialismo, mesmo em um contexto de atual criminalização da prática de racismo, fruto do protagonismo de frações da sociedade civil – sobretudo os movimentos negros –, que tornam tal debate um conflito público no Brasil, a partir do final da década de 70 e início dos anos 1980, demandando intervenção da sociedade política na concepção e implementação de políticas públicas de Promoção da Igualdade Racial. Objetivamos por meio desta pesquisa, problematizar a presença do Racismo Institucional, dando destaque analítico ao município de Campos dos Goytacazes/RJ, vanguarda da institucionalização administrativa de uma política pública voltada à população negra, com a Fundação Municipal Zumbi dos Palmares (FMZP), no final da década de 1990. Desta forma, em uma perspectiva histórica e interescalar, buscamos identificar a trajetória, criação, articulação e desmantelamento das políticas públicas locais vis-a-vis com a agenda nacional e tratados internacionais, bem como identificando os atores, conflitos, tensões e estratégias utilizadas pelos movimentos ligados à questão racial. Para tanto, adotamos como procedimentos metodológicos, para além da pesquisa bibliográfica, onde as contribuições dos autores pudessem trazer maior nitidez às questões levantadas, a análise documental, tendo como base quantitativa os indicadores sociais apresentados nos relatórios A Distância que nos Une: um retrato das desigualdades brasileiras da OXFAM (2017), Relatório das Desigualdades de Raça e Gênero/IPEA 2017, e Face das Desigualdades no Brasil: um olhar sob os que ficam para trás (CAMPELLO, 2017), além de realizarmos a espacialização dos microdados sobre Cor/Raça do Censo 2010/IBGE. Na perspectiva qualitativa, optamos por entrevistas semiestruturadas com os ex-gestores da FMZP