Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Brandão, Caroline Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/30029
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Resumo: |
Esta é uma pesquisa-formação realizada em meio à atuação docente da pesquisadora na Educação de Jovens e Adultos (EJA) no município de Queimados/RJ. Enquanto pressupostos teórico-filosóficos figuram a perspectiva freireana de humanização a partir da educação emancipatória, que proporcione o desvelar crítico das opressões vividas, bem como a perspectiva da formação e da construção do conhecimento em rede. O produto desta pesquisa é um memorial de formação mútua, envolvendo narrativas das experiências vividas por e entre educandas e educadora no cotidiano escolar, bem como das narrativas de vida elaboradas por elas e as reflexões teóricopráticas da educadora-pesquisadora. Tais movimentos narrativos autobiográficos são uma aposta no potencial da pesquisa narrativa de reposicionar o sujeito de maneira mais objetiva frente à realidade que o condiciona. Além disso, em diálogo com a realidade local, são discutidas as consequências do que chamamos aqui de “desterritorialização da EJA” desde a política nacional de educação. Os principais campos de produção do conhecimento em educação com os quais conversaremos são, portanto, as pesquisas narrativas, as pesquisas com o cotidiano e as pesquisas em EJA. A relação com esses campos deve-se a um posicionamento inegociável frente aos atos de praticar e de pesquisar a educação, desde uma perspectiva democrática, antirracista, anticolonial, com compromisso político, ético e estético. Por entendermos ser preciso tencionar os limites convencionados para a investigação dita científica, questionando as bases epistemológicas impostas e o enclausuramento metodológico, adotamos as chamadas “metodologias menores”, como a conversa e a escrita de si, realizadas em meio ao ensino de Ciências, em diálogo com seu currículo. As narrativas tecidas por educandas e educadora sugerem limitações e potências dos percursos metodológicos trilhados, expostas de maneira narrativa (e frequentemente poética) ao longo deste memorial. O que se destaca, ao fim e ao cabo, é a potência da abertura a descobrir novas formas de afetação e investigação no ensino e na pesquisa em educação, bem como na formação docente. Este memorial de formação mútua fala da importância dos não-saberes, do cultivo da delicadeza, de “pisar devagarinho” em chãos desconhecidos, tocando com cuidado as feridas produzidas há séculos e ainda não curadas, de expandir territórios estreitados ao realizar mergulhos literários, entre outros aprendizados proporcionados pelo encontro com Outros. Fala da dor e da resistência que só as classes populares e as minorias étnicoraciais podem ensinar, mas também sobre esperança e sonhos que não envelhecem. |